Há exatos dois meses, a AFBNB publicou artigo do diretor de Comunicação da entidade intitulado “A CAMED está na UTI e pede socorro”, no qual apontava a necessidade urgente de medidas eficazes por parte da direção do Banco no sentido de recuperar o plano de autogestão, que vem piorando, ano após ano, resultado de direcionamentos equivocados, no mínimo. Quem está no Banco há mais tempo lembra com saudades justificadas uma época em que o atendimento médico era “de primeira” e fazia jus a cada centavo pago pelo trabalhador ao plano. Era um plano de excelência!
Na última sexta-feira, 11, a AFBNB foi convidada pela CAMED para uma reunião cujo objetivo era apresentar resultados e dados estatísticos sobre a gestão da Caixa, bem como para “compartilhar” a intenção de reajustar o plano no patamar exorbitante de 22%, medida rechaçada de imediato pelo diretor de Organização e presidente em exercício da AFBNB, Assis Araújo, que esteve presente à reunião.
A Associação defende que não cabe ao associado pagar pelos problemas na gestão da Caixa Médica. Para a AFBNB, a responsabilidade é do Banco por se tratar de política de recursos humanos. Além disso, de nada adianta reajustar sem que medidas estruturantes de solução definitiva dos problemas sejam tomadas.
Na manhã desta segunda-feira, 14, a AFBNB tomou conhecimento através de mensagem do conselheiro da CAMED, José Nilton Fernandes, confirmando o reajuste e informando os percentuais dos índices, aprovado nesta segunda - com um único voto contrário do citado conselheiro, que defendeu reajuste pelo índice da inflação - e já a ser descontado na folha de pagamento de janeiro: 15,47% para as tabelas dos dependentes do Plano Natural e 7,93% para as tabelas dos dependentes do Plano Família. O fundo de proteção financeira e o serviço Saúde 24h acompanharão o mesmo reajuste do plano respectivo. Segundo o comunicado, a Camed teria se comprometido em reduzir as despesas administrativas para 2013, em 2%.
A Associação ratifica seu posicionamento contrário ao reajuste, haja vista a não adoção de medidas estruturantes para a solução dos problemas e para a sustentabilidade da Caixa, como a AFBNB tem cobrado sistematicamente. Muito pelo contrário, o que se verifica são políticas que só têm onerado os associados e a Caixa.
Segundo informações passadas pela presidente da Caixa durante a reunião de sexta-feira, o problema seria de caixa, de capacidade de honrar com os compromissos.Os argumentos foram os mais variados e de sempre: tabelas ultrapassadas; elevação do custeio; rol de procedimentos da ANS caros; greve no setor médico/aumento de consultas/reajuste de credenciados; aumento de sinistralidade; atendimentos de altos custos; envelhecimento da população; custos de honorários, etc.
Para a Associação, entretanto, os problemas vão além destes: direcionamentos de gestões equivocados, prejuízos causados por empresas de tecnologias contratadas anteriormente; a relação quantidade de funcionários/vida; a sangria dos resultados da Camed-corretora para o Banco etc. Os funcionários do Banco já são penalizados de diversas formas pelo BNB (assédio moral, trabalho gratuito, condições de infraestrutura inadequadas ao trabalho, plano de cargos rebaixado, falta de isonomia...). Não podemos aceitar que sejam penalizados mais uma vez com esse reajuste!
A AFBNB cobra a responsabilidade do Banco e de seus indicados na gestão da Caixa sobre o caso e reitera seu posicionamento contrário à medida. Não podemos ser coniventes com a adoção da política “mais do mesmo” e de soluções fáceis por parte da administração do Banco/CAMED e difíceis de digerir para o associado!
- NÃO ao reajuste exorbitante!
- Por solução definitiva para a CAMED!
- Por uma saúde de qualidade e dignidade previdenciária!
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14/01/2013
