A agência do BNB, na Prudente de Morais, é conhecida na praça pela expropriação do trabalho gratuito, em dias e noites, nos sábados e domingos – expondo seus funcionários à mira de assaltantes, como aconteceu no último dia 8 de janeiro, às 19h30.
Inúmeras vezes a agência foi alertada do perigo a que estão expostos seus funcionários, inclusive porque outras ocorrências como esta já aconteceram, com pequenos furtos e roubo de objetos pessoais, no trajeto entre agência e estacionamento (que fica num beco a ermo, há cerca de 100 metros, numa rua por trás da agência – e sem vigilância ostensiva).
A exploração na agência é geral; vai do funcionário antigo ao novo, do terceirizado ao bolsista (que percebe mensalmente a merreca de R$ 300,00). É a velha máxima: "Fazer mais com menos". Daqui a pouco, será: “Fazer mais, com nada!”
Não é fácil conviver num ambiente deste. Precariamente a “equipe”, o “time”, funciona num clima de frieza como se nada tivesse acontecendo, enquanto as ameaças psicológicas geram a chamada violência invisível no trabalho.
Nestas horas, nem o Banco, nem seu gestor principal assumem a responsabilidade pelo ocorrido – sequer mandam emitir uma CAT para salvaguardar os funcionários vítimas destes traumas – a única “orientação” ao funcionário foi que buscasse a Polícia, para a emissão de um Boletim de Ocorrências, pois precisa justificar a perda de objetos patrimoniais que pertenciam ao Banco e foram subtraídos.
A única providência adotada pela agência foi proibir que aqueles que possuem carros permaneçam no estacionamento à partir das 18 horas, estacionando-os em outro local – enquanto isto o trabalho continua fora do horário normal, pois os funcionários voltam ao trabalho para o “terceiro expediente”.
Para os assaltantes, essa estratégia é meramente rasteira e não impede seu “modus operandi”. O problema de segurança pública é agravado pelo fato de que a presa fácil está sendo “cevada” por altas horas de exposição ao trabalho insalubre.
Pesquisa nacional mostra que 57 pessoas foram assassinadas em assaltos envolvendo bancos em 2012.
Estas práticas precisam ser abolidas de uma vez por todas, senão, o Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte (SEEB/RN) irá adotar providências, inclusive promovendo o fechamento da agência e denunciando ao MPT (Ministério Público do Trabalho) sobre essa prática ilegal que arrepia a própria Lei e a Constituição Federal.
Pelo fim da Extrapolação da Jornada de Trabalho!
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11/01/2013
