Os dados comprovam que os investimentos por parte dos bancos em segurança são tímidos, se comparados aos altos índices de lucratividade. De acordo com Dieese, apesar de terem embolsado R$ 35,8 bilhões de janeiro a setembro de 2012, as cinco maiores organizações financeiras gastaram apenas R$ 2,2 bilhões com vigilância nas agências, ou seja, 6,03% dos lucros.
Está mais do que claro que a vida humana não é prioridade para as empresas. Prova disso é a crescente no número de ocorrências envolvendo bancos, que vão desde arrombamentos e explosões até sequestro de funcionários.
Apesar de diversas normas que versam sobre segurança bancária, a exemplo das leis municipais em Salvador que determinam instalação de biombos entre os caixas e os clientes e câmeras do lado de fora e dentro das agências, o desrespeito ainda impera.
As empresas sequer obedecem a Lei Federal nº. 7.102, que estabelece, entre outras coisas, que os bancos cumpram pré-requisitos como, a obrigatoriedade de cada unidade possuir um plano de segurança bancária. Na prática, não acontece.
Para os banqueiros, é mais fácil transferir as responsabilidades e pagar as multas que, diante dos lucros, são ínfimas. Há tempos, o movimento sindical reivindica o cumprimento das normas e maior rigor na fiscalização.
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