O teto pago pela Previdência será elevado para R$ 4.157,05. Para quem teve benefício concedido a partir de fevereiro de 2012, reajuste será menor
Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que recebem benefícios acima do valor do salário mínimo terão seus auxílios reajustados em 6,15%. Os dados foram publicados na edição de ontem no Diário Oficial da união (DOU). O aumento representará um impacto de R$ 9,1 bilhões nas contas da Previdência Social. De acordo com dados do Governo Federal, a medida atinge cerca de nove milhões de beneficiários.
O teto pago pela previdência será elevado para R$ 4.157,05. Atualmente, o valor máximo pago pela Previdência é de R$ 3.916,20. O aumento máximo, portanto, será de R$ 240,85. Aos assegurados que tiveram o benefício concedido a partir de fevereiro de 2012, o reajuste será menor, sendo referente à inflação acumulada entre o mês de concessão do benefício e dezembro. O reajuste para quem se aposentou em fevereiro, por exemplo, será de 5,61%.
Para o economista Ricardo Coimbra, o ideal seria que o reajuste dos benefícios fosse equivalente ao do salário mínimo. “Isso permitiria que eles pudessem preservar o seu poder de compra”, completa.
Salário mínimo
Os beneficiários que recebem o equivalente a um salário mínimo, hoje representado na quantia de R$ 622, terão direito a um reajuste de 9%. O valor será maior uma vez que esse é o aumento estipulado pelo Governo para o piso nacional. Como esse também é o menor valor pago pelo INSS, alguns segurados que antes não recebiam o mínimo passarão a ganhar pelo piso. O impacto previsto com o reajuste dos benefícios equivalentes ao mínimo vai significar um gasto adicional de até R$ 10,7 bilhões aos cofres públicos.
Tendência
De acordo com Coimbra, o momento exige que os beneficiários avaliem as melhores formas de administrar seus recursos. No futuro, explica Coimbra, a tendência é que haja uma diminuição no número de pessoas que ganham mais de um salário mínimo, uma consequência do déficit da previdência.
Nesse cenário, pontua o economista, a projeção é de que aqueles que se aposentarem no futuro tenderão a receber uma quantia menor.
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