Na atual qualidade de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), o Instituto de Cidadania do BNB firmou uma parceria com o Banco a fim de ampliar a concessão de microcrédito no Nordeste. Cerca de 900 assessores de crédito, agora coordenados pelo Instituto, trabalham para tornar viáveis projetos que desenvolvam e fixem as comunidades rurais na Região. O serviço pretende contribuir para uma distribuição do crédito de forma uniformizada, sistematizada e igualitária.
Na entrevista deste mês, uma conversa com o Coordenador Geral do Instituto de Cidadania, Cloves Polte, que nos fala sobre as mudanças na atuação da entidade e as campanhas de solidariedade desenvolvidas junto ao funcionalismo do Banco.
Nossa Voz – Quando foi que o Instituto de Cidadania ganhou o status de OSCIP?
Cloves Polte – Foi em outubro de 2003, de acordo com a lei 9790/99. A partir de então, passamos a ser Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), ampliando nossas possibilidades de atuação.
NV - Qualquer pessoa pode participar do Instituto de Cidadania?
CP – Sim. Neste momento, estamos desenvolvendo nosso site e lá vai ter um link para que as pessoas possam se cadastrar. Quem é funcionário do BNB pode autorizar o desconto em folha da contribuição mensal que os colaboradores pagam. Atualmente, contamos com a contribuição de 300 funcionários, sendo o valor mínimo de R$ 5,00.
NV – E como foi esta parceria firmada com o BNB para ajudar na concessão do microcrédito?
CP – Nosso objetivo é contribuir para o desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida das comunidades rurais do Nordeste. Entendemos que o empréstimo deve ajudar a desenvolver a produção. Assim, firmamos esta parceria com o Banco, através da qual nós entramos com os recursos humanos e o Banco operacio-naliza a concessão dos recursos. Nossa parceria com o BNB também vai mais além. O Banco doa papel para reciclagem e cede funcionários para trabalharem aqui.
NV – Qual é exatamente o papel de vocês nesse processo de concessão de microcrédito?
CP – Nós ajudamos as pessoas interessadas no empréstimo através de assessoria técnica, capacitação e cursos. Nossa atuação é na área dos recursos humanos. Depois, elas são encaminhadas ao Banco, que fica com a parte operacional. Tudo está regido de acordo com a lei de parceria.
NV – Você pode falar um pouco sobre a campanha de arrecadação de donativos para os desa-brigados das chuvas?
CP – Estamos recebendo doações. As pessoas podem doar alimentos, roupas, móveis e colchões nas diversas unidades do Banco. Aqui em Fortaleza, as doações são recebidas no Centro Administrativo do Passaré (que é onde fica a sede do Instituto).
É importante destacar que o trabalho do Instituto vem se ampliando desde sua criação, durante a Campanha Nacional de Combate a Miséria, em 1993. Desde então, já trabalhamos em diversas campanhas de solidariedade, especialmente na campanha Natal Sem Fome. Só no ano passado, arrecadamos 66 toneladas de alimentos. |