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Técnicos pedem valorização
Nos dias 17 e 18/10, foi realizado em Petrolina (PE), o IV Encontro de Técnicos de Campo do BNB. Na ocasião, 56 técnicos do Banco estiveram reunidos para discutir os problemas enfrentados no exercício da profissão e que medidas podem ser sugeridas à direção do BNB para melhorar o trabalho e os seus resultados.
O presidente da AFBNB, Cláudio Rocha, era um dos palestrantes convidados para o evento. No entanto, em virtude da greve dos funcionários e das negociações com o Banco (que aconteciam no mesmo período), ele não pôde comparecer.
Abaixo, uma entrevista com Pedro Rocha, um dos coordenadores do Encontro de Técnicos que nos fala quais os principais pontos discutidos e os encaminhamentos adotados.
Nossa Voz – Qual o objetivo deste Encontro e quem participou dele?
Pedro Rocha – O Encontro foi realizado por profissionais de nível médio e superior que atuam nos quadros das CENOPS (são Técnicos em Agropecuária e em Edificações, Engenheiros Agrônomos, Engenheiros Civis, Médicos Veterinários e Zootecnistas). O objetivo era discutir o papel e a inserção desta categoria nas ações do Banco. São profissionais com papel relevante para o funcionamento da Instituição, notadamente na concessão e acompanhamento dos créditos e que, nos últimos anos, achamos que não vêm recebendo o devido reconhecimento.
Nossa Voz – Como foram esses dois dias de Encontro?
Pedro Rocha – Foram constituídos dois grupos de trabalhos, com os temas “Política Institucional” e “Política salarial e estrutura de apoio ao técnico de campo”. O resultado foi um documento consolidado pelos grupos, em fase de conclusão, para posterior entrega ao Presidente do BNB, Dr. Roberto Smith.
Nossa Voz – Você poderia citar as principais queixas levantadas durante o evento?
Pedro Rocha – Falta de articulação entre as instituições de fomento e apoio ao desenvolvimento regional; complexidade dos sistemas e processos de concessão de crédito do BNB; alto grau de endividamento dos produtores rurais; quadro técnico muito reduzido; admissão de funcionários para o quadro técnico sem avaliação de conhecimentos específicos; falta de um programa continuado de capacitação/reciclagem técnica; incompatibilidade da matriz salarial em vigor para a carreira técnica frente ao grau de responsabilidade e à relevância dos serviços; inadequação da jornada de trabalho de seis horas ao serviço externo; falta de estrutura de apoio ao serviço técnico nas agências (espaço físico, computadores e outros instrumentos de trabalho) e inexistência de coordenação técnica dos trabalhos de campo.
Nossa Voz – E depois de encaminhado o documento final do Encontro ao presidente do Banco, quais as expectativas do grupo?
Pedro Rocha – Nós esperamos que as nossas sugestões, tanto no âmbito operacional, como no aspecto das relações de trabalho, tragam maior dinamismo às atividades do Banco na concessão e acompanhamento dos créditos, bem como o reconhecimento da instituição aos serviços prestados por nós. |
