A AFBNB se reuniu no dia 14 de março com funcionários da agência Montese.
Entre as questões abordadas estavam a reunião com o presidente do Banco, realizada no último dia 12; informaram sobre a próxima Reunião do Conselho de Representantes, sobre as atividades institucionais
que a AFBNB desenvolve, especialmente em Brasília; falaram de Camed, PLR mas, sobretudo, ouviram
dos funcionários sobre uma realidade que não é muito diferente em outras agências: a falta de condições
adequadas ao trabalho.
A agência sofre de superlotação constante, como ocorre em várias outras. Há dias em que mais de
500 clientes se aglomeram a espera do atendimento de um dos quatro caixas, numa situação inaceitável a
qualquer instituição, sobretudo a um banco de desenvolvimento.
Os riscos diretos dessa situação recaem sobre os funcionários – que são agredidos verbalmente
e ameaçados fisicamente; sobre os clientes e sobre a própria instituição Banco do Nordeste do Brasil.
“Se somos um banco público, de desenvolvimento, é esse o tratamento que damos aos nossos clientes?”,
questiona Rita Josina, diretora-presidente da AFBNB, que esteve na agência com os diretores Assis Araújo e
Dorisval de Lima.
Se a situação já está fora de controle, ela tende a piorar com a entrada de vigor da nova regra da
Febraban que reduz progressivamente o valor dos boletos que podem ser pagos em bancos/lotéricas,
agravado com os problemas de tecnologia. Além disso, medidas provisórias – algumas já aprovadas e outras
em tramitação – que flexibilizaram o uso do FNE, a exemplo da MP 785/2017 que autorizou uso de
recursos dos Fundos Constitucionais para o FIES – podem gerar novas demandas.
O cerne do problema está no distanciamento entre os processos encaminhados no Banco - sistemas,
reestruturações, novos formatos como banco “virtual” – e a realidade na ponta, ou seja, o não envolvimento
prévio de quem está nas agências e que só são chamados na hora de implementar e/ou cumprir as decisões.
Isso leva a questionamentos, por exemplo, quanto à viabilidade de implantação do Banco Virtual quando
ainda há defasagem tecnológica.
Diante dos relatos e das visitas que a AFBNB tem feito às agências, em vários Estados, a Associação
solicitará reunião com a Superintendência da área para tratar desses casos, que não são pontuais, mas
sim uma realidade na instituição.
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