“O Brasil é um pais com muitas desigualdades e um das desigualdades que perpassa a nossa historia é a regional. É importante nós termos instrumentos estratégicos para poder eliminar essa desigualdade regional e esses bancos (públicos) representam isso. Estamos falando de politica de crédito que muda a cultura de um pais. A politica do microcrédito de Bangladesh mudou a cultura na medida em que empoderou e deu autonomia as próprias mulheres . Então o credito é algo absolutamente estruturante, manter e fortalecer o BNB, o BASA e os bancos públicos federais que tem atuação localizada é absolutamente fundamental. Por isso , eu como bancária sei da importância do BNB e das ações que o banco desenvolveu, inclusive de microcrédito que dialoga de forma muito concreta com a região e a partir desse diálogo estabelece diagnósticos utiliza-se da politica de crédito para poder eliminar as desigualdades e os sofrimentos. Nós estamos falando do Nordeste e não é qualquer coisa. Eu como nordestina sei que por muito tempo nós tivemos como natural a fome, a mortalidade infantil e essa realidade nós estávamos superando. O BNB sempre foi importante para isso, para o desenvolvimento local, seja econômico ou social, por isso não podemos admitir que haja qualquer tipo de ataque aos bancos públicos, nós já tivemos vários. Como estamos vivenciando um retorno de um período que nós achávamos que tínhamos feito o luto dele, da logica neoliberal, precisamos ter muita atenção para o fortalecimento dos bancos, porque a época de FHC, no dito neoliberalismo, nós tivemos a tentativa de unificação do conjunto dos bancos e de eliminação da função comercial de bancos públicos como Caixa, BNB e Basa. Portanto, é preciso que nós transformemos esse seminário em um momento de resistência para pontuar a importância dos bancos como fomentadores do desenvolvimento social e econômico e ao mesmo tempo a resistência a qualquer tentativa de enfraquecimento dos bancos públicos.”
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