Completar 30 anos em meio a um cenário político conturbado e repleto de incertezas e de inseguranças institucionais não é fácil. No entanto, cabem reflexões profundas sobre representações, decisões coletivas, organização, para reafirmação e fortalecimento das lutas.
Foi nesse cenário que a AFBNB realizou a 49ª Reunião do seu Conselho de Representantes. De forma democrática e plural, com respeito ao contraditório e às diferenças, a Associação reiterou - com base na sua história e nos conflitos travados no dia a dia - o quanto a organização dos trabalhadores é necessária, senão o único caminho a trilhar, no enfrentamento das adversidades do mundo do trabalho e das relações e desigualdades sociais.
O evento reforçou o quanto estar organizado, em coletivo, fortalece os trabalhadores e amplia o horizonte das estratégias por melhores condições de vida e de trabalho.
E quando se fala em coletivo não se fala em homogeneidade, nem em unanimidade, sim, em heterogeneidade que se somam em torno da causa comum; em diferenças que enriquecem o debate, que agregam novos olhares e novos saberes.
A história da AFBNB retrata essa diversidade, ao agregar pessoas diferentes em torno de um sonho comum: um mundo justo, desenvolvido, onde todos vivam com dignidade!
Passados 30 anos, as estratégias de atuação podem ter se diversificado; as formas de comunicação também, mas a missão da entidade permanece, assim como a riqueza que se dá a partir da diversidade dos associados, sem os quais a Associação não existiria.
A vontade de transformar, o desejo por mudanças, a certeza de que as instituições precisam ser fortalecidas e os trabalhadores valorizados, de que o Brasil precisa avançar e superar as desigualdades entre as regiões: tudo isso permanece e é o que move a Associação diariamente, mesmo que às vezes nadando contra a maré - como quando exige respeito ao BNB em meio a um turbilhão de interesses que fazem com a instituição tenha sua importância diminuída.
Mas a persistência também faz parte da luta e, se depender da AFBNB, essa luta sempre continuará porque não é alimentada por interesses individuais, mas sim coletivos, difusos, pelo sonho de um Nordeste melhor!
Boa leitura!
|