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18/06/2015

Nossa Voz - O que aguarda o presidente do BNB?

O que esperar da nova gestão do BNB

* Por Carlos Idelfo Araújo Bandeira

 

Consta do Currículo Lattes do novo presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Marcos Holanda, que ele possui as prerrogativas técnicas necessárias para gerir bem o Banco: conhecimento científico - professor e pesquisador do departamento de economia da UFC; experiência administrativa – fundador e diretor geral do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece); conhecimento da Região Nordeste e do BNB, filho de funcionário de carreira do Banco...

Sem entrar no mérito da capacidade técnica e de gestão, convém destacar a preocupação pela forma como se deu a definição. Infelizmente ainda prevalece a velha cultura da intervenção política, sendo este o aspecto destacável como não positivo, ou seja, a insistência do governo federal em tratar uma importante Instituição, que é o BNB, como “moeda de troca” da barganha política.

Quem trabalha no BNB sabe o quanto a ingerência político-partidária atrapalha na gestão e no dia-a-dia do Banco, ao ponto de torná-lo vulnerável ao sabor e interesses de grupos e donos do poder político vencedores da “queda de braço”. Casos de corrupção, de longas datas e recentes, ou mesmo de desvios do foco desenvolvimentista (missão do Banco) se dão principalmente por esse motivo, o que não é bom para o Banco, para os funcionários e, principalmente, para a sociedade que tanto necessita da ação adequada da Instituição.

Apenas o tempo dirá qual será o legado da gestão do presidente Marcos Holanda. Espero, sinceramente, que seja marcado pela valorização dos Recursos Humanos do Banco, técnicos e operativos de todas as áreas (Etene, Agentes de Desenvolvimento, Técnicos de Campo, analistas, direção geral e agências, dentre outros); diálogo permanente com as entidades representativas dos funcionários (AFBNB, Sindicatos) e uma política de gestão de pessoas que acabe com as prá- ticas de dano e assédio moral, com a extrapolação da jornada de trabalho nas agências e, principalmente, que forme o funcionário do BNB a ter AUTONOMIA e a não depender tanto de funções comissionadas.

Atualmente, boa parte dos Gestores de todos os segmentos e esferas - diretorias, superintendentes, gerentes de ambiente e de agência - é mais levada a focar sua atuação visando a se manter no cargo do que preocupada com a missão do BNB e o desenvolvimento da Região onde o Banco atua. Urge dar uma guinada nessa cultura, nessa realidade adversa e desenvolver políticas que proporcionem o compromisso com o Banco, com a Região Nordeste e com todos os funcionários que fazem o Banco do Nordeste do Brasil. Quem viver verá. Eu quero ver.

Última atualização: 18/06/2015 às 17:44:43
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