Em mais uma jornada de lutas, durante a greve, os trabalhadores do BNB expressaram a necessidade da implementação de políticas de recursos humanos e outras medidas que vêm sendo postergadas pelas su
cessivas gestões do Banco, que vão além das questões eminentemente salariais e que impactam na qua
lidade de vida dos mesmos.
Um elemento importante na greve desse ano foi a adesão em grande escala dos trabalhadores lotados em agências novas, o que demonstra que apenas a infraestrutura - importante, diga-se de passagem - não é suficiente por si só, enquanto permanecerem a carência de pessoal e a negação de direitos, a exemplo da falta de isonomia. Apesar da orientação do Comando de greve para encerramento do movimento paredista ter sido acatado de pronto por Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, os trabalhadores do BNB (e do Banco da Amazônia - BASA) continuaram mobilizados por seus propósitos. Os trabalhadores do Banco passaram a ser a voz dissonante diante de pressões que vinham de todos os lados, inclusive de direções sindicais, algumas delas conspirando contra o movimento. Além disso, o Banco manteve uma postura de intimidação e retaliação aos funcionários em greve, inclusive cortando ponto, além da ameaça de entrar com dissídio coletivo na Justiça do Trabalho, fugindo de qualquer tentativa de diálogo, sintoma de que práticas que se pensavam extintas ainda rondam o Banco e sua administração.
Neste Nossa Voz trazemos as principais impressões da AFBNB e seus diretores sobre a greve; o que se
pode tirar de aprendizado enquanto ferramenta importante de luta para as próximas batalhas. Temos ainda sessão de fotos das diversas agências que aderiram ao movimento e entrevista com o Presidente do Conselho Fiscal da AFBNB, Henrique Moreira.
Boa leitura!
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