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03/12/2014

Nossa Voz - Greve no BNB: Muita batalha pela frente!

Saldo da greve no BNB : resistência dos trabalhadores é a marca

A greve de 2014 mostrou mais uma vez que o empenho dos trabalhadores e a força de sua resistência para vencer os percalços do movimento é a sua grande marca.
 
A justificativa para que a greve já começasse forte e assim prosseguisse sobretudo nas agências foi o clima de insatisfação e descontentamento geral em relação a muitas questões, o que é uma realidade inegável no Banco.
 
Não obstante as demandas históricas já pautadas pelos trabalhadores, a exemplo da reposição salarial, foi colocado que a luta dos trabalhadores do BNB não é apenas “pelos vinte centavos”; as demandas vão muito além: Plano de Cargos, isonomia de tratamento, ponto eletrônico, dignidade previdenciária e de saúde, fim do trabalho gratuito dentre outras.
 
O que se espera é mais respeito nas relações de trabalho e um empenho maior no tratamento dessas diversas questões. Infelizmente o que se viu durante o desenrolar da greve foi exatamente na contramão do que merece o trabalhador do BNB: propostas rebaixadas e que não dão conta das reais demandas colocadas.
 
A luta se reveste de um caráter cada vez mais difícil quando salta aos olhos de todos os trabalhadores as atitudes temerárias tomadas por dirigente sindicais que ao primeiro sinal de um arremedo de proposta colocam fim à greve de maneira abrupta e sem o consentimento da própria base.
 
No estado de Pernambuco viu-se uma verdadeira traição de classe praticada pelo sindicato, que sem nenhuma transparência encerrou o movimento. Para se ter uma idéia, muitos trabalhadores daquela base ligavam para a AFBNB sem saber ao certo se em seu estado a greve havia realmente acabado e ficavam surpresos ao saberem que sim. 
 
Como se já não fosse o bastante o Banco encaminhar a seus funcionários um e-mail em que afirma, de forma intimidadora, que iria cortar o ponto dos funcionários que se mantivessem em greve, ainda fez chantagem citando o dissídio coletivo, mais um atentado contra um direito legítimo do trabalhador estabelecido na Carta Magna de 1988.
 
Diante de tamanho descalabro, a AFBNB não se manteve calada e entrou com ação no Ministério Público do Trabalho (MPT) para que investigasse as condutas levadas a cabo pela administração do BNB e desse os encaminhamentos devidos.
 
Com todos os ataques que foram impetrados pelos que queriam o fim da greve, a AFBNB manteve seu posicionamento contrário em relação à maneira como o movimento foi sufocado. Não havia, naquele momento, nenhum direcionamento da base para que a greve terminasse, até porque não havia nada de novo além da proposta já rejeitada. A assinatura do termo de ajuste preliminar do BNB, agendada quando a maioria das bases continuava em greve, denuncia que não houve legitimidade para tal procedimento e que tais manobras rasgam de forma categórica até mesmo o estatuto de diversas entidades sindicais.
 
Na Assembleia que definiu o encerramento na greve do Ceará, por exemplo, a Associação demostrou seu veemente apoio à continuida de do movimento em solidarieda de aos trabalhadores do BNB que, apesar das ameaças persistentes, mantiveram-se firmes em suas colocações e se dispuseram a lutar por dias melhores no Banco.
 
Nesse sentido, a Associação entende que a greve de 2014 mostrou que muita luta ainda será necessária para que o direito de greve seja respeitado e parabeniza aqueles que acreditam que as Campanhas Salariais são espaços em que a marca dos trabalhadores que querem condições mais dignas de trabalho no BNB dá a tônica. Nunca a frase “Só a luta muda a vida” fez tanto sentido e continua sendo uma bandeira para todas as outras que estão por vir.
Última atualização: 03/12/2014 às 12:23:45
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