*Por Dorisval de Lima
Ao completar 61 anos o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), pela sua história e ações realizadas, consolida-se como uma das mais importantes instituições de desenvolvimento socioeconômico da sua área de atuação. Com presença em todos os estados da região Nordeste e norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, abrangendo cerca de dois mil municípios, o Banco foi criado pela lei Federal nº 1649 de 19/07/1952, sendo um organismo estatal, responsável pela aplicação de políticas públicas por meio da ação creditícia, estudos e pesquisa, promoção e valorização da cultura.
Por sua natureza desenvolvimentista, e pela grande demanda ainda existente por conta das desigualdades sociais, o BNB precisa ser constantemente fortalecido. Para tanto, necessário se faz um processo contínuo de articulação político institucional, na perspectiva não só da sua reafirmação como tal, mas também para o reconhecimento e a valorização dos seus recursos humanos, elemento imprescindível para o cumprimento da missão e para o alcance dos resultados da instituição.
A AFBNB se insere nesse contexto. Assim, tem pautado ao longo da sua história esses pontos junto aos diversos entes com quem se relaciona no cumprimento das suas prerrogativas estatutárias e direcionamentos dos seus representados, seja com as casas legislativas, governos, sindicatos da categoria, movimentos sociais, seja com as sucessivas administrações do Banco e os próprios funcionários.
Essa ação positiva da Associação se faz refletir em diversas frentes de luta. Cito algumas ações como a mobilização para a conquista do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE); regulamentação do artigo constitucional que definiu os recursos do fundo e sua gestão pelo BNB; recriação da SUDENE e o enfrentamento às ameaças que pairavam sobre o Banco conforme constava do substitutivo do relator do projeto que determinava o compartilhamento dos recursos do FNE com outras instituições financeiras, fim do assento do Banco no Conselho Deliberativo e redução do percentual de remuneração pela gestão do Fundo; luta pela obrigatoriedade da aplicação de 50% dos recursos do Fundo no semiárido...
É oportuno enfatizar o esforço que a AFBNB tem desempenhado nos últimos anos pelo aumento do capital social do Banco, cujo resultado foi a autorização do aporte de R$ 4 bi até 2014. Como ainda não houve a concretização, a entidade está intensificando a interlocução junto aos parlamentares e governo federal com o intuito de assegurar esses recursos já em 2013. Cumpre à Diretoria do BNB também, uma ação positiva neste sentido.
Merece destaque a busca constante pelo reconhecimento e valorização dos trabalhadores do Banco, luta da qual a Associação não abre mão até que esse objetivo seja alcançado. Eis aí, mais um campo para outra urgente ação positiva da Direção do BNB: a solução de velhos e novos problemas de Recursos Humanos na instituição como dignidade previdenciária e de saúde, revisão do PCR, isonomia de tratamento, convocação dos aprovados no concurso, fim do assédio moral, fim do trabalho gratuito, meritocracia de verdade e transparência nos processos internos, quitação de passivos trabalhistas, fim das terceirizações, reintegração de demitidos do governo FHC/gestão Byron Queiroz, por exemplo.
Enfim, é urgente a adoção de políticas em prol dos que fazem os resultados do banco e oportunizam os regozijos e festejos na mídia, mas que ficam de fora das celebrações, ou seja, a maioria dos funcionários do Banco. Como a Diretoria do BNB pode ver, e sabe disso, motivo não lhe falta para ir além do pensamento, e assim partir para uma ação positiva em prol do Banco do Nordeste do Brasil e dos seus trabalhadores. Pensar positivo é bom; agir positivo é melhor ainda!
* Dorisval de Lima é diretor de Comunicação e Cultura da AFBNB
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