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27/08/2013

Nossa Voz - BNB: museu de grandes novidades?

Menos terceirização e mais convocação

Há mais de três anos, em junho de 2010, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) anunciava oficialmente o resultado do seu último concurso público, realizado em de abril de 2010.
Os 6.680 candidatos aprovados seriam alocados nos estados de Alagoas, Bahia,
Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte,
São Paulo, Sergipe e no Distrito Federal.
 
Passado todo esse tempo, o que se sabe é que a maioria ainda aguarda a convocação. A demora em convocar e o inchaço na terceirização dos serviços é um quadro que tem trazido desconforto e revolta entre os aprovados, que aguardam ansiosamente a convocação,
e também entre os funcionários, que se veem atarefados e presos a ritmos estressantes
de trabalho enquanto há centenas de pessoas à espera para integrarem os quadros do Banco., conquistado com mérito.
 
Ao seguir a tendência de inchaço no número de terceirizados em seu quadro, o BNB contraria uma recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU), de agosto de 2010, que sugeria um prazo de cinco anos para que as empresas estatais ligadas ao Governo Federal substituíssem
os servidores terceirizados por profissionais contratados por meio de concurso público.
 
Assim, para a AFBNB, a convocação dos concursados faz-se urgente, em contraponto a uma política às avessas que privilegia a terceirização. Não é de hoje que a Associação vem
cobrando do Banco o fim das terceirizações e a convocação dos aprovados. Essa é uma tecla que a entidade vem batendo insistentemente nos últimos anos.
 
Não só cobrando, mas articulando-se e mobilizando-se para esse fim. Desse modo, a AFBNB já se reuniu mais de uma vez com os concursados que aguardam convocação; esteve também
em reunião com a deputada Eliane Novais (PSB/CE), que preside a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania na Assembléia Legislativa do Estado do Ceará (AL/CE), para tratar do assunto das terceirizações no BNB; participou de audiência pública na AL/CE e no Ministério
Público do Trabalho que debateu a terceirização no BNB, além de ter pautado o assunto na mídia.
 
A associação reivindica recorrentemente durante as reuniões com diretores do Banco a contratação dos aprovados e o desinvestimento das terceirizações. Para a AFBNB, o Banco precisa analisar a questão com urgência porque está clarividente que há uma carência de
pessoal muito grande. Por outro lado, a urgência se faz necessária também tendo em visto a proximidade da expiração do prazo de validade do concurso, em meados de 2014, prazo este já prorrogado.
 
A quantidade de operações do Banco aumentou consideravelmente nos últimos anos e esse crescimento não foi acompanhado no tocante às condições de trabalho oferecidas aos funcionários. Desta forma, os trabalhadores do BNB têm sido submetidos a jornadas excessivas
e estafantes, sofrem com assédios de toda ordem e pressão por metas, ações que, no entendimento de qualquer leigo no assunto, poderiam ser substancialmente reduzidas com a convocação de mais trabalhadores.
 
Afinal, a lógica é uma só: um Banco que aumentou em muitas vezes sua quantidade de operações nos últimos anos precisa, na mesma medida, aumentar sua rede de agências
e convocar novos funcionários para suprir essas novas demandas que são constantes.
Nos últimos dias, surgiram notícias de que o Banco convocaria mais gente.
 
A AFBNB procurou informações oficiais mas não as obteve. Mais uma vez, ao dificultar
o acesso a informações do quantitativo de convocações, o Banco do Nordeste estimula a boataria e não contribui em nada para acalmar os ânimos de centenas de aprovados que aguardam
convocação.
 
Com a palavra, os concursados
 
De acordo com Hugo Caxias, aprovado para o cargo de Analista Bancário, o pior problema da demora na convocação é que ela causa incertezas na vida profissional de todos, pois estes ficam
em dúvidas se assumem outros trabalhos ou aguardam a convocação. Em relação às terceirizações, o aprovado diz que soube por fontes seguras que há terceirizados desempenhando atividades-fim de funcionários do Banco, inclusive com acesso aos sistemas da instituição.
 
Para Thales Araújo, aprovado para o cargo de Analista Técnico à época da realização do concurso, ele nunca imaginou que passaria “por todo este momento de ansiedade e angústia. Sabemos que o BNB trabalha ao lado dos produtores agrícolas da nossa região e sabemos da
demanda de trabalho existente, só não entendemos o motivo da não convocação de nenhum técnico da área até o momento”, desabafa o concursado.
 
Diante da matéria e dos depoimentos, cabe a pergunta: até quando, BNB?
Última atualização: 27/08/2013 às 14:43:38
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