Na parte da tarde do primeiro dia da 43ª RCR, os representantes se reuniram para discutir questões funcionais, com enfoque para a dignidade previdenciária. A mesa de debates foi composta pelos diretores da AFBNB, Reginaldo Medeiros e Waldenir Britto, pelo presidente
e pela ouvidora da Capef, Isaías Dantas e Maria Auxiliadora, respectivamente.
O painel foi mediado pelo diretor da Associação, Rheberny Oliveira. Em sua fala, Waldenir apresentou considerações sobre questões de pessoal a partir da Demonstração Financeira
Contábil do BNB. Para o diretor, a partir dos dados obtidos, é importante quebrar o mito de que a folha de pagamento do Banco é onerosa, sendo esta uma justificativa recorrente da direção
do Banco para frear aumentos salariais significativos aos trabalhadores.
O diretor ainda constatou, a partir dos números levantados, que há funcionários no Banco que recebem abaixo do piso salarial do PCR. Situação absurda! Para Waldenir, é de extrema importância que os funcionários procurem conhecer e analisar essas informações do Banco,
que estão disponibilizados na página do BNB na internet.
O presidente da Capef, por sua vez, apresentou dados estatísticos sobre os planos BD e CV da Caixa de Previdência. O patrimônio líquido atual da Capef é da ordem de 2,5 bilhões. De acordo com Isaías, há muitos desafios na sua gestão agora à frente da Caixa. Dentre eles, podemos
citar: conceder reajuste integral dos benefícios; reduzir a contribuição extraordinária dos assistidos; reduzir a meta atuarial; reduzir a taxa de juros do EAP; e, por fim, buscar solução para a questão dos aposentados do INSS que não se desligam do Banco porque teriam seus rendimentos minorados em cerca de 65%.
O diretor Reginaldo fez, de início, um levantamento de uma série de informações em relação às questões dos funcionários, como a recente aprovação da lateralidade para comissionamento,
medida esta que a AFBNB se posiciona contrária. O diretor falou também sobre a ação pelo cumprimento da jornada de trabalho no BNB que tramita na justiça mineira.
Em relação à previdência, o diretor pontuou que o Banco deveria lutar para que os recursos do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (PROER), à época, negados ao BNB porque o presidente Byron Queiroz, injustificavelmente,
não os quis, sejam recuperados.
Por fim, Reginaldo destacou que a Súmula 288 do Tribunal Superior do Trabalho (TST) ampara os beneficiários da Capef no que concerne à não garantia dos seus direitos respeitados ao se aposentar. “Vamos lutar sempre pela dignidade previdenciária dos trabalhadores do Banco do Nordeste”, finalizou.
Em sua abordagem, a ouvidora da Caixa se colocou à disposição dos funcionários para quaisquer informações e referendou o trabalho que a AFBNB faz em defesa do funcionalismo do Banco: “a AFBNB luta muito pelos interesses dos funcionários do BNB. Isso é muito importante”.
Após as falações iniciais, houve debate com intensa participação e intervenções contextualizadas dos representantes.
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