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15/04/2013

Nossa Voz - 43ª RCR: Instituições regionais fortes

Desenvolvimento em debate

 

O tema principal da 43ª RCR foi debatido pelos doutores em economia e ex-trabalhadores do BNB, Atenágoras Duarte e Cleide Bernal. Atenágoras fez um breve resgate histórico da política regional de desenvolvimento no Brasil, cujo marco passa pela criação da Sudene e do próprio Banco do Nordeste do Brasil. Ele falou da lacuna na política de desenvolimento regional
quando da extinçao da Sudene, em 2001, e da retomada mais simbólica do que prática dessa política com a recriação da Superintendência, em 2007, devido ao esvaziamento tanto orçamentário quanto de mão de obra ao qual o órgão está submetido.
 
No entanto, a economia da região não estagnou nesse período porque, segundo ele, além dos componentes explícitos da política regional (existência de órgãos específicos, planos etc),
existem componentes implícitos também importantes que interferem na economia. Essa política implícita resulta das orientações nacionais do governo federal, por exemplo, com a política de
transferência de renda através da bolsa família (com maior impacto no Nordeste), o aumento real do salário mínimo ou quando decide construir grandes obras em estados do Nordeste, como
é o caso da refinaria em Pernambuco.
 
Esses dois componentes - explícitos e implícitos - precisam ser entendidos e planejados do contrário pode gerar problemas mais na frente. Na avaliação de Atenágoras, as três grandes bandeiras em termo de desenvolvimento regional hoje, no Brasil, estão paradas: a transnordestina, a transposição do São Francisco e a recriação da Sudene. Em sua avaliação, “sem ação política, sem participação política, sem mobilização política as melhores idéias
não irão prevalecer”.
 
Cleide Bernal iniciou sua fala lembrando o dia mundial da água, celebrado no mesmo dia do evento, lembrando a importância da água para a região. Ela ratificou a necessidade de se pensar
e viabilizar um modelo de desenvolvimento sustentável do ponto de vista econômico, ambiental, social e cultural. Segundo ela, desde o governo FHC, a questão regional deixou de ser considerada e o que houve foi um transbordamento para as regiões da política de caráter nacional. Na sua avaliação, a vinda de grandes fábricas para o Nordeste não se deu pelo interesse em desenvolver a região e sim pelo esgotamento da fronteira de expansão do capitalismo no sudeste. Na avaliação da professora, a única política explícita para o Nordeste
é a de incentivo ao turismo, por meio do Prodetur.
 
A economista abordou a ausência de ações específicas para o semiárido e questionou a falta de vontade política para concretizar os planos para o Nordeste. Especificamente quanto ao BNB,
ela mostrou preocupação com a instituição, que tem sido esvaziada, teve o nome ligado a esquemas de corrupção e não tem mais presença nacional. “Foi-se o tempo em que o BNB era respeitado pela sociedade nordestina”.
 
Para ela, o grande desafio é definir o que se quer para o BNB e como o Estado brasileiro vai intervir para mediar a expansão do capitalismo no Nordeste. “O BNB só será preservado se tiver um papel diferenciado em relação aos de-mais bancos”. Em sua mediação, Rita Josina lembrou
das ações instituicionais da AFBNB pelo fortalecimento do Banco e da própria região e da realização da I Conferência Nacional de Desenvolvimento Regional, durante a semana da RCR em Brasília, onde seriam discutidos pontos de uma nova política de desenvolvimento regional.
Fala, representante!
 
“Achei a 43ª RCR muito proveitosa, como sempre tem sido. Acredito que nas próximas
RCRs os representantes têm que vir com propostas para resolver os problemas do Banco, e não apenas apontar os problemas recorrentes. Temos Seria um acréscimo ao excelente trabalho que a AFBNB vem fazendo. O que mais gostei do evento foram a palestra principal e o local do
evento que, por ser em uma cidade pequena, evitou grandes dispersões dos participantes.”
(Plínio Gomes – São Benedito/CE)

 

Última atualização: 15/04/2013 às 16:10:11
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