Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, o verbete transparente significa “que deixa passar a luz e ver nitidamente o que está por trás; límpido, cristalino”. Tirando por base a significação da palavra transparente, de acordo com o dicionário, dá para afirmar, com convicção e sem titubear, que o Banco do Nordeste do Brasil tem transparência?
No entendimento da AFBNB, não, de jeito nenhum! Em que pese o BNB ter um Serviço de Informação ao Cidadão (SIC), em atendimento à Lei de Acesso à Informação, e divulgar, anualmente, seu balanço contábil-financeiro, isso não o torna integralmente transparente, pois com as respectivas medidas, o Banco não faz mais do que sua obrigação enquanto instituição
pública. Por outro lado, quando se analisa um outro contexto dentro do BNB, percebe-se uma variedade incalculável de desrespeito ao princípio da transparência pública.
Para chegar a esta conclusão, a Associação é endossada por centenas, quiçá milhares de reclamações e queixas de funcionários que recorrem à entidade indignados com a falta de transparência em diversas instâncias e processos do BNB. O obscurantismo medieval que impera no Banco vai desde a enorme burocracia para se conseguir informações simplórias, como a lista de concursados convocados até a negação total das informações a respeito do pré-anunciado plano de incentivo à aposentadoria (PIA), passando pelo esconderijo que marca os processos de movimentação, seleção e concorrência na empresa.
Quase que diariamente chovem reclamações de funcionários contra processos de ascensão no BNB que deveriam ter a meritocracia como premissa, mas que se caracterizam pela total falta de transparência e de critérios concretos, objetivos e isonômicos. A última enxurrada de críticas veio com a não realização de concorrências para funções na nova agência inaugurada em Cascavel
(CE). Será assim também com as dezenas de outras que serão abertas até o final do próximo ano? A AFBNB cobra que não seja assim!
Caminho para a transparência
Não é de hoje que a AFBNB bate nessa tecla da necessidade de total transparência em todos os processos e no acesso às informações do Banco do Nordeste do Brasil. Infelizmente, também não é de hoje que o BNB age em des-conformidade com o princípio da transparência pública, quando as providências a serem tomadas para por fim ao obscurantismo na instituição
são plenamente factíveis.
A saída para uma abertura cristalina nos processos e nas informações do Banco repousa na simples adoção de medidas concretas, de fácil execução: critérios objetivos e estabelecidos em normativos, que precisam, necessariamente, ser respeitados, o que não vem ocorrendo atualmente, além de uma melhor eficácia, principalmente da Área de Desenvolvimento Humano, no trato e no repasse das informações, o que também não ocorre no momento. Tão simples, mas o fazem parecer tão complicado. O fato é que não há mais espaço para que os funcionários continuem à mercê de processos de movimentação, seleção e concorrência obscuros que em nada primam pela meritocracia na instituição. Os funcionários do BNB
exigem mais respeito e dignidade.
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