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15/10/2012

Nossa Voz - Aposentadoria no BNB: O que esperar?

Greve e mobilização

 

A presidenta da AFBNB fala sobre o movimento paredista deste ano no BNB , enaltece a união e a mobilização dos funcionários na luta por mais conquistas e ressalta a necessidade dos comandos de greve agirem em consonância com as bases.
 
Nossa Voz - Qual a avaliação geral que você faz da greve este ano no BNB?
 
Rita Josina - É importante frisar que a greve é um importante instrumento de luta, legítimo e constitucional. Quanto mais forte a greve for, maiores serão as possibilidades de conquistas.
Especificamente no BNB, a greve contou com uma grande adesão nas agências, que conseguiram se mobilizar paralisando inclusive funções estratégicas. Isso simboliza o ceticismo, a indignação e a desmotivação pelas quais passam os trabalhadores.
 
Temos demandas específicas no BNB em relação aos demais bancos e até mesmo internamente temos demandas diferenciadas, seja no aspecto estrutural ou nas relações de trabalho. Então, temos muitas questões pendentes que terminam por se concentrar na greve. O registro que ficou da greve de 2012 foi a mobilização da base. Embora tenha ficado a desejar do ponto de vista das conquistas, podemos ressaltar a capacidade dos trabalhadores de insurgirem-se neste momento e mostrar o que precisa ser melhorado.
 
NV - Quais os pontos positivos e quais os pontos negativos que se podem observar do movimento paredista deste ano?
 
RJ - Do ponto de vista positivo, vimos a oportunidade de dialogar com os trabalhadores sobre as condições de trabalho e a importância da mobilização para as conquistas, além da resistência aos indícios de assédio para as quais os trabalhadores não se resignaram e acreditaram no enfrentamento e na luta. É muito positivo quando vemos que algumas bases mantêm uma sintonia e uma articulação com as bases no âmbito nacional. Essa iniciativa fortalece o movimento, pois socializa formas diferenciadas de mobilização.
 
É fato que no BNB as agências estão precisando melhorar as condições de funcionamento, então, a partir do momento em que as agências aderem à greve é uma forma de resistir e de mostrar a necessidade de priorizá-las. Agora, do ponto de vista da organização e do planejamento
dos comandos de greve, é algo que precisamos melhorar. As decisões sobre o movimento precisam ser menos verticalizadas e mais consonantes com os anseios e a dinâmica da base; e já que não se consegue fazer grandes movimentos reivindicatórios em outras épocas do ano, a greve precisa ser melhor aproveitada. Agora, isso é uma prática que precisa ser construída coletivamente.
 
NV- O que esperar , agora, dos desdobramentos da greve? 
 
RJ - No BNB, a greve não tem sido apenas por questões salariais. As pendências históricas continuaram pendentes. Na reunião que tivemos com a diretoria e o presidente do Banco durante a greve reforçamos os nossos pontos de pauta. Ainda durante o movimento, reafirmamos o entendimento da AFBNB de que a proposta apresentada pelo Banco era rebaixada e que não contemplava as diversas reivindicações.
 
Continuaremos cobrando de forma sistemática a resolução destas pendências com cronogramas factíveis, como já estamos fazendo, entendendo que os trabalhadores do BNB precisam ser valorizados e respeitados pela sua dedicação e compromisso à instituição. Por outro lado, as relações de trabalho no BNB precisam de uma mudança cultural, que passa pelo resgate de uma política de recursos humanos capaz de encaminhar as questões específicas, solucionando-as, possibilitando aos seus funcionários visualizar a satisfação no trabalho e o atendimento das suas necessidades, principalmente sob a ótica da isonomia, transparência e justiça. Isso evitaria levar todas as demandas para a campanha salarial.
 
NV - Qual a importância que a AFBNB tem no processo de mobilização e informação para a greve do Banco?
 
RJ - Durante a greve, a AFBNB realiza um trabalho exaustivo de informação. Merece destaque o trabalho da nossa assessoria que faz contato permanente com representantes, delegados sindicais, informando em tempo real, tanto da participação quanto da adesão e desdobramentos da paralisação.
 
É um trabalho intenso e participativo, com a responsabilidade e o compromisso de mobilizar e dinamizar a participação. Ao mesmo tempo, a diretoria da AFBNB faz articulação seja com as lideranças sindicais, seja com a própria base, seja com parlamentares, e também com a direção do Banco. Esse ano nos reunimos com a diretoria do BNB e reivindicamos a necessidade dela articular com os órgãos aos quais está subordinado, pedindo seriedade, celeridade e também
cobrando a busca de soluções concretas para os problemas existentes.
 
Última atualização: 15/10/2012 às 12:03:02
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