As abordagens tratadas sobre as relações existentes entre a racionalidade moderna e a crise ambiental nos levam a conceitos e saberes complexos de uma total sobrevivência das espécies, embora nos últimos anos de forma diferenciada segundos países, grupos de sociólogos começaram a se preocupar e dar ênfase à problemática ambiental e a notificar sua relevância e abrangência, os quais passaram a estudar o que acontecia nas agendas dos governos, organismos internacionais, movimentos sociais e setores empresariais que estavam começando a internacionalizar a questão em suas ações. Assim, se percebeu que nada era mais do que um modismo passageiro, nem mesmo uma dramatização de militares ou cientistas radicais.
Como ponto preponderante, eleva-se o cuidado de que a sociologia ambiental assumiu posição significativa ao estudar as divergências e conflitos sobre a natureza, as causas e a extensão dos problemas ambientais entre os diversos setores envolvidos.
Percebe-se que ao longo dos estudos sobre a crise ambiental e aos fatores da moralidade entre o homem e a natureza há uma sistematização de saber nas questões reflexivas ao analisar o movimento ambientalista “como um fenômeno da modernidade, tendo como base de sua emergência e dinâmica uma determinada sociabilidade, certas situações de risco e um dado estágio moral”.
A modernidade se mostra centrada sobre uma crise ambiental sem precedentes, onde existem problemas infinitos, imbricados pelas motivações econômicas,
políticas e éticas. Nada de se formatar pressupostos em defesa da natureza se não formos capazes de levar uma conexão para a compreensão da crise civilizatória em geral, globalizada.
Modernidade e Meio ambiente, nos estabeleceu uma percepção de média propensão, ou seja, nos elevou a distinguir uma das fontes citadas, em quaisquer questões da crise ambiental, onde somos levados a superá-la através de um conceito de meio ambiente, que nos leve também discernir que para haver ambiente, se faz necessário primeiro o existir de uma consciência, uma intencionalidade.
Na conjectura da racionalidade atual, levando-se em conta ao evento intelectual fundador da modernidade, a Revolução Científica: postulamos o entendimento de que haja a credibilidade de que toda essa representação levou-nos a cientificar-se de que se escolheu a racionalidade do mundo como a única forma digna de o homem habitar o mundo, apostando assim, a dominação do mundo para o homem, “através da razão, como o único e grande objetivo da humanidade”.
Assim, tantos e tantos problemas foram levados às proporções distintas, e somente agora se podem buscar premissas em que atributos da modernidade tornam-se a questão ambiental como um processo de construção da racionalidade, levado a um segmento de diferenciação de racionalidade técnica e capitalista, daí, se questionar e priorizar uma das características da racionalidade ambiental que jamais pode ser esquecida é a presença articulada de quatro esferas da racionalidade no centro mesmo da racionalidade ambiental: racionalidade substantiva – sistema axiológico; racionalidade teórica; racionalidade instrumental; racionalidade cultural.
A reflexão ora substanciada de estudos sobre a complexidade de vida em nosso planeta, nos leva a crer que ainda se visualize através da racionalidade do homem se buscar a eliminação dos preconceitos horrendos sobre o nosso meio ambiente, onde o capital eleva a sua ganância de degradação e espoliação e, que uma luz no túnel apareça e ilumine os olhos de todos humanos, onde predomine uma racionalidade teórica, onde se possa esperar a geração de “critérios para avaliar projetos e formas alternativas de desenvolvimento”.
Gilberto Mendes Feitosa
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