Fale Conosco       Acesse seu E-mail
 
Versão para impressão Diminuir tamanho das letras Voltar Página inicial Aumentar tamanho das letras


03/09/2012

Nossa Voz - 42ª RCR: Por um BNB forte

Preparar a greve no BNB

Cada campanha salarial se realiza em conjunturas distintas, algumas mais, outras menos favoráveis. A análise correta do cenário - a leitura real da correlação de forças pelos trabalhadores é muito importante para a definição dos caminhos que seguiremos. Nesse terreno, consideramos o ambiente propício à realização de uma campanha salarial neste ano que favoreça a mobilização da categoria em todos os segmentos e a conquista de um acordo decente.

 
Temos uma base organizada em nível nacional com elevado nível de amadurecimento político e consciente de suas responsabilidades e os bancos em plenas condições de atender nossas justas e legítimas reivindicações. Diante do tradicional jogo de enrolação praticado pelos bancos privados e oficiais de só negociarem pra valer após o início das paralisações, devemos todos preparar a greve desde já. Dificilmente haverá algum tipo de acordo sem que a categoria paralise as atividades e mostre sua força para patrões costumeiramente intransigentes.
 
Devemos levar em conta no cenário os exemplos de poderosas mobilizações do funcionalismo público federal e estadual que tomam as ruas das grandes cidades na luta por seus direitos, bem como de categorias importantes como construção civil, rodoviários, caminhoneiros, metalúrgicos, trabalhadores rurais, etc. Existe um anseio dos trabalhadores por melhores condições de trabalho e salariais, e o momento da pressão não deve ser postergado. A maioria das campanhas salariais no país, mesmo com a retração no crescimento econômico, continuam resultando em reajustes acima da inflação, ou seja, aumentos reais no salário, o que já tinha se verificado no ano passado. É necessário lembrar também que nos últimos oito anos todas as greves de bancários resultaram em algum tipo de vitória nas cláusulas econômicas e sociais, sempre com aumento real de salário.
 
No BNB, estamos passando por um momento difícil, com diversas denúncias de irregularidades divulgadas na imprensa.
 
Ao tempo em que exigimos investigação rigorosa e punição exemplar para os envolvidos em práticas repulsivas, temos de levar em conta que contamos com um corpo funcional composto por trabalhadores íntegros, honrados, compromissados com a seriedade, com o crescimento do Banco e o desenvolvimento da região. Se o episódio nos coloca em situação de constrangimento, não nos arrefece para a luta. No nosso caso específico, temos razões de sobra para preparar a greve, pois o jogo de empurra das direções do Banco com nossas pendências históricas se renovam a cada período e sempre ficamos reféns, ora da direção do Banco, ora do famigerado DEST, e possivelmente dos dois em combinação. A recente Reunião do Conselho de Representantes da AFBNB, fórum coletivo mais respeitado e reconhecido pela grande maioria da base do BNB, aprovou uma série de reivindicações para que o Banco se pronuncie em torno delas, tanto de caráter das relações de trabalho quanto da luta em defesa do Banco. Os sindicatos com base do BNB também têm inúmeras propostas de pauta para a renovação do acordo coletivo e todas elas deverão passar por um processo civilizado e democrático de negociação.
 
Três aspectos merecem atenção especial do funcionalismo e dos Sindicatos nessa campanha salarial. A primeira é exigir que a direção do Banco tenha protagonismo no processo de negociação e não fique apenas aguardando resultado de acertos envolvendo outros bancos federais. Isso pressupõe tratativas prévias com Ministério da Fazenda para que essa iniciativa não se dê só depois de muito tempo de duração da greve, - e que nossos interlocutores sejam do alto escalão do Banco; a segunda é que a nova direção do Banco reconheça e respeite todos os sindicatos com base no BNB. Os funcionários do BNB não aceitam que fóruns sem reconhecimento jurídico e político se apresentem com negociadores formais de nossa base e não vamos tolerar que acordos sejam assinados às escondidas como ocorreu nos dois anos anteriores sem conhecimento dos sindicatos, representantes formais da categoria; por fim, iniciar a greve com força máxima, todas as agências devem começar o movimento conjuntamente, não ficar esperando que tal unidade comece a greve para depois aderir, denunciar todo e qualquer gestor que utilize o recurso do assédio moral para desmobilizar a nossa luta.
 
Estamos todos convocados para a campanha salarial, inclusive para ajudar a paralisação em outros bancos. A vitória depende de cada um de nós. Todos nas assembleias convocadas pelos sindicatos e nos piquetes de convencimento.
 
*Geraldo Galindo é diretor da
AFBNB e do SEEB-BA
Última atualização: 03/09/2012 às 16:21:15
Versão para impressão Diminuir tamanho das letras Voltar Página inicial Aumentar tamanho das letras
 

Colunas

Versão em PDF

Edições Anteriores

Clique aqui para visualizar todas as edições do Nossa Voz
 

Rua Nossa Senhora dos Remédios, 85
Benfica • Fortaleza/CE CEP • 60.020-120

www.igenio.com.br