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15/02/2012

Nossa Voz - Estamos à Deriva?

O que queremos para o BNB

 

Sob qualquer que seja o aspecto que analisemos o que realmente nos rege enquanto cidadãos e trabalhadores, vamos nos deparar sempre com a necessidade de mudanças constantes e ampliação do desejo e da busca por inovações e melhorias.   
 
Considerando nossa inserção histórica em ideologias que dominam as vidas e os cotidianos das pessoas, identificamos que sempre existiu, em vários momentos da humanidade, assim como as grandes conquistas, também as grandes tragédias, ambas resultados de estratégias, ações, erros e acertos.
 
Ao longo das décadas de atuação do BNB temos conhecimento ou mesmo presenciamos que, exceções à parte, os trabalhadores do Banco passaram a exercitar, anos a fio, a capacidade de empolgar-se, capacitar-se cada vez mais, ampliar seus conhecimentos, aprimorar suas práticas, das mais diversificadas, realizavam suas atividades com zelo, compromisso e profissionalismo, porque acima de tudo identificavam-se com a missão de contribuir para o desenvolvimento da região.
 
Mas essa realidade vem passando por transformação, a partir da lógica do sistema financeiro mundial, que se dá na mudança das relações do trabalho bancário, na redefinição do perfil do trabalhador bancário, na diversificação de funções, na reestruturação de cargos e salários, na informatização, na terceirização, e em todo o quadro que hoje compõe o processo de precarização do trabalho.
 
Todos temos sentido de perto as dificuldades e as necessidades de solução urgente para muitos dos problemas advindos dessas transformações, seja nas condições mínimas de trabalho, estrutura inadequada, metas abusivas, processos vulneráveis, atrasos tecnológicos como na ausência de políticas de valorização do trabalhador, resultando em conflito de interesses, assédio moral, usurpação de direitos e demais casos que dispensam a existência de um código de ética. 
Propositalmente o modelo estruturado é desagregador porque além de fragilizar as relações, fragiliza igualmente os processos e os controles, o sentido de pertença, a gestão adequada dos recursos públicos e, por assim dizer, a sustentabilidade institucional. Mas essa realidade não nos agrada, incomoda cada vez mais, principalmente quando vemos constantemente a instituição BNB ser citada em toda espécie de especulação.
 
Não é de hoje que a AFBNB tem apontado que a realidade deve e pode ser diferente. Várias foram as formas, estratégias e articulações buscadas para a construção de novas práticas de enfrentamento voltadas para a superação dessa realidade. Tem sido assim nas manifestações, nos debates, nas publicações, na aproximação com as bases, nas articulações e agendas institucionais. Focando o fortalecimento do Banco e a valorização de TODOS os seus trabalhadores, a Associação vem, insistentemente e com muita autonomia, enfatizando a necessidade do cumprimento dos princípios básicos da administração pública. 
 
Precisamos dar corpo a esse movimento: canalizar as formas de participação e mobilização, sob o risco de continuar nossa vida laboral em ambiência nada condizente com nossas necessidades; de igual forma, não podemos permitir que as expressões de desigualdades e exclusão se reproduzam nas nossas unidades de trabalho, no nosso meio e na nossa sociedade. Então, precisamos contribuir para uma nova realidade, nos indignar, informar, sugerir, cobrar, denunciar, associar-se, lutar... e como merecedores que somos, não desistir, apesar das adversidades!       Precisamos também mostrar aos que hoje contam com poder de decisão que esperamos urgentemente as soluções e que as demandas históricas estão impactando por demais a vida dos trabalhadores do BNB. Precisamos de novas práticas de gestão para renovar nosso engajamento e convergir nossas ações para a busca de um Nordeste mais desenvolvido. Isso passa principalmente pela valorização dos trabalhadores. 
 
*Rita Josina Feitosa da Silva é funcionária do BNB e presidenta da AFBNB.
Última atualização: 15/02/2012 às 18:09:35
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