Fale Conosco       Acesse seu E-mail
 
Versão para impressão Diminuir tamanho das letras Voltar Página inicial Aumentar tamanho das letras


15/02/2012

Nossa Voz - Estamos à Deriva?

Como você avalia a política de recursos humanos do BNB?

 

A política de recursos humanos do BNB é voltada para uma melhor remuneração de seus gestores principais, e não cuida holisticamente do seu corpo trabalhista. Um dos maiores exemplos é o grande turnover (ou rotatividade de pessoal) entre os funcionários pós-97. Tendo o fato de que o número é condizente à realidade de outras instituições financeiras privadas, poderíamos tomá-lo como normal. Poderíamos, se não fosse levado em conta o turnover histórico da instituição.
 
Esse turnover é caro. É caro quando uma agência precisa treinar seu funcionário em Fortaleza. É caro quando é alocado outro funcionário para “passar o serviço”. É caro quando bolsistas têm uma rotatividade menor que os próprios funcionários. Isto também é encarecido pelos funcionários que tentam voltar a capital para, pasmem, reduzir seus custos de moradia (pois o funcionário não possui recursos para sustentar cônjuges, proles ou genitores após uma mudança de cidade, sem uma comissão). As agências, e até mesmo as superintendências, disputam pessoas. E isto, pra nossa tristeza, já não é novidade há alguns anos.
 
Os “novos funcionários” – novos entre aspas, pois alguns deles já ocupam cargo de direção, gerências de ambiente e gerências gerais, com até 12 anos de casa – sentem-se desmotivados ao não ter uma expectativa de carreira técnica, ou mesmo em uma carreira de analista ou especialista bancário.
 
A falta de um plano de comissões e funções também prejudica os funcionários, que se desmotivam com seus espaços funcionais pela falta de promoção horizontal e acabam por fomentar pequenas batalhas entre agências, ambientes e até mesmo células por um funcionário que fique um pouco mais. O salário variável motiva as movimentações e não a sua permanência no espaço. Nessas transições não pesam os treinamentos que o funcionários possui, o perfil do funcionário desejado para o cargo ou a identificação com o trabalho diário, mas pesam o salário, a disponibilidade para mudança imediata e outros interesses.
 
Um antigo plano de carreira do Banco, que conheci através de Nazildo Siqueira de Andrade - conceituado professor universitário de RH e funcionário aposentado do BNB -, trazia cargos maiores (o que reduzia a rotatividade de pessoal e motivava a vinda de talentos ao Banco) e funções dignas (onde um menor número de pessoas galgavam funções dignas da experiência, liderança e competência). Hoje o recém egresso conta os dias para atingir um ano de Banco e se habilitar, segundo a CIN-PESSOAL, para uma função. Os funcionários, em todos os pontos de atuação, sentem-se perdidos. Perdidos, sem uma orientação profissional, sem coaching, sem perspectivas, apenas esperando uma oportunidade melhor em outro concurso.
 
Elton Elí da Silva Lopes - Representante da 
AFBNB no Ambiente de Gestão de Riscos
Última atualização: 15/02/2012 às 17:47:16
Versão para impressão Diminuir tamanho das letras Voltar Página inicial Aumentar tamanho das letras
 

Colunas

Versão em PDF

Edições Anteriores

Clique aqui para visualizar todas as edições do Nossa Voz
 

Rua Nossa Senhora dos Remédios, 85
Benfica • Fortaleza/CE CEP • 60.020-120

www.igenio.com.br