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14/07/2011

Plural - Encarte - edição especial

Não dá mais para acreditar nos dirigentes do Sindicato dos Bancários do Ceará mesmo!!!

A cada dia que passa os dirigentes do Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB-CE) perdem mais e mais o respeito dos funcionários do BNB e da categoria. Isso ficou mais evidente ainda pela sua matéria em “resposta” a uma mensagem da Frente de Oposição Bancária do Ceará. Bem distante de responder aos reais fatos contidos na matéria da oposição, o libelo revela o quão justa foi a carapuça.

A série de baixarias vociferada contra dirigentes da AFBNB beira ao ridículo e cheira a desespero. Sabemos que se trata de posição isolada de alguns diretores do Sindicato, principalmente dos que são funcionários do BNB. Mesmo assim se configurou como institucional quando o SEEB-CE encampou como dele próprio tamanhas aleivosias, ao editá-las em seu informativo - Boletim Eletrônico - de 24 de maio último sob sua (ir)responsabilidade.

Não dá para acreditar mesmo nos dirigentes do SEEB–CE! Protagonistas desse entendimento, os funcionários do BNB já vêm manifestando isso há muito tempo, haja vista nos últimos anos todas as chapas que concorreram à direção da AFBNB com apoio político e financiamento do SEEB-CE/Contraf-CUT terem sido derrotadas, algumas vezes de forma acachapante e desmoralizante, como ocorreu no ano passado. Isso representa um fato incontestável, portanto, de que, bem diferentes dos dirigentes do Sindicato, os da Associação têm a credibilidade e o respeito da base, sentimento construído não à toa, mas com muita participação, trabalho, luta, coerência, autonomia e autenticidade!

Os funcionários do BNB estão cansados das negociatas, invencionices e descaso no trato de seus direitos. Quando os dirigentes do SEEB-CE falam em MOBILIZAR, no BNB iludem os funcionários convocando-os para tratar de passivos trabalhistas em assembléias cujo fim único é indicar delegados aos fóruns da categoria, enganando assim a boa fé dos “lisos” incautos, na sua ótica.

Quando falam em ORGANIZAR, no BNB manipulam assembléias, chegando inclusive ao cúmulo de convocar e aprovar uma assembléia de apoio ao nefasto Kenedy Moura, protagonista do caso COBRA e laranja no escândalo “dólares na cueca”. Na condição de dirigente da AFBNB, em 2004 participei de uma discussão em que todos os dirigentes sindicais, tendo à frente o presidente do SEEB-CE, exigiram do presidente do BNB a destituição de Moura. Após conversas reservadas com o então deputado estadual José Guimarães, alguns desses dirigentes mudaram rapidinho de idéia e aprovaram a permanência do dito cujo, em “assembléia soberana, legítima e representativa”.

Quando falam em NEGOCIAR, no BNB significa que todos os processos são manipulados e aviltados, pois sequer cumprem a obrigação de debater com a base o mérito, tampouco oportunizam o direito de formação de juízos e da criticidade. Pelo contrário, se limitam a criar factóides, levantar falsas expectativas, estimular a conformidade e assim facilitar a aceitação de propostas rebaixadas, inclusive quando já existe sentença favorável aos trabalhadores, como foi no caso da ação da licença-prêmio, para citar um exemplo.

A ênfase da Frente de Oposição Bancária foi feliz, pois é fato que esses dirigentes se somaram ao patrão na cruzada para o “convencimento” de que o Plano de Cargos e Remuneração (PCR) vigente seria o melhor dos mundos. Foram desmoralizados pela história, haja vista o tal Plano ter significado o maior arrocho salarial na história do Banco, conforme a AFBNB havia preconizado na época, inclusive com índices de evasão jamais vistos.

Esse foi o caro preço do “esquecimento” de que o BNB é uma instituição de Desenvolvimento, com a implantação açodada de um plano tacanho, “voltado para o mercado”, que jogou uma pá de cal no túmulo do nosso laboratório de pesquisas e estudos econômicas, o saudoso Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), já ferido de morte na gestão do algoz Byron Queiroz, com a extinção da carreira de Técnico de Desenvolvimento Especializado (TDE), com o qual esses dirigentes sindicais fizeram coro.

Não é demais lembrar que em proposta semelhante na época para o Banco do Brasil, o Sindicato se colocou contrário. Lamentavelmente, hoje já capitulou e também fez coro com o patrão para o “convencimento” dos colegas de lá. É, portanto, uma política de Estado. Cumpra-se!

As negociações dos passivos trabalhistas são umas piadas de mau humor. Malgrado o departamento jurídico do Sindicato seja conhecido nacionalmente como um dos melhores de todos os sindicatos do Nordeste, as negociações são “políticas” e passam por interesses escusos e individuais de diretores inescrupulosos. Talvez esteja aí a “justificativa” para que a AFBNB tenha sua presença negada nas reuniões de negociação e na organização do Congresso da categoria, medida tomada recentemente de forma unilateral e autoritária pela Contraf-CUT/pessoal do SEEB-CE.
Na ação de equiparação, direito consagrado no dissídio coletivo de 1988, e transitado em julgado em 1996 quando foi negada a rescisória, ainda hoje o SEEB-CE está “ameaçando” o Banco com execução. Ora, pois, pois, “só há urgência em negociar a paz quando se estiver em guerra”; enquanto isso se empurra com a barriga, atendendo a conveniências individuais de mandantes do Banco e de pelegos do Sindicato.

O SEEB-CE cita pejorativamente ligações de dirigentes da AFBNB com grupos políticos, desconsiderando a natureza política inata ao ser humano. Negam assim um direito legítimo e democrático, e portanto, a responsabilidade social do engajamento. Cita políticos que apóiam a AFBNB, mas esquece de citar os grupos e/ou atores e políticos que os apóiam, sendo deste campo os responsáveis por todos os escândalos de corrupção que comprometeram a gestão do PT, inclusive no BNB.

Os funcionários do BNB têm o direito legítimo de fortalecer a Oposição Bancária que surge no Ceará para dar um novo rumo às causas dos trabalhadores do BNB e do Nordeste. Têm muito mais ainda o direito e motivos para se manter em sintonia com a AFBNB, atualmente o último baluarte na defesa dos reais interesses do Banco e dos seus funcionários; que não capitula nossos direitos; age com autonomia e não se curva aos ditames patronais e governamentais.
Por fim, despeço-me com o apelo de que é urgente a mudança dos rumos do Sindicato dos Bancários do Ceará. Isso passa fundamentalmente pela decisiva coragem em varrer para fora do movimento essa corja de pelegos que “pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão”.

*Francisco Antônio Carlos Rodrigues (Chicão) é funcionário aposentado do BNB, ex-dirigente do SEEB-CE, “quando este defendia o trabalhador”, diz ele; ex-dirigente da FETEC/NE; ex-dirigente do PT em Fortaleza e da corrente do partido TM, “antes desta capitular”, reitera; e ex-presidente da AFBNB, “com muita dignidade”, faz questão de frisar.
Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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