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07/06/2010

Plural - Edição junho/2010

Você viu o cabeção por aí?

Na letra da música “o cabeção”, de autoria de Roberto Correia e Sylvio Son, interpretada pelo grupo Golden Boys no início da década de 1970, a resposta para a pergunta, título dessa mensagem, é “eu não vi não”! Acredito que, se a mesma pergunta for lançada nas diversas dependências do Banco do Nordeste do Brasil em todos os rincões do polígono, certamente a resposta também será dada, embora em tom bem diferente: “eu vi sim”! É a direção geral do banco, no passaré! Aliás, é o próprio banco. Isso pela permanente criação de superestruturas na Direção Geral, o que certamente implica custos e impacta negativamente quando do tratamento das questões de interesse do conjunto dos trabalhadores do banco. Pelo menos é isso que a superior administração tem alegado quando dos processos coletivos, ao argumentar que tudo depende de autorização superior, a exemplo do Dest. Tudo isso em detrimento do corpo da instituição, as agências, as quais, em sua maioria, estão sem estrutura adequada para funcionamento pleno, tanto no aspecto físico, quanto de pessoal, de logística e de tecnologia. Há um notório esva-ziamento dessas unidades, o que tem causado dificuldades para o cum-primento, em condições normais de funcionamento, das metas e da missão institucional. A consequencia disso é trabalho gratuito, pressão, desestímulo, insatisfação, adoecimento...

Todo dia surge uma estrutura para tudo em quanto. Não causará espanto se de repente for criada uma para gerenciar o ponto eletrônico quando (se) for implantado ou para gerenciar o estacionamento do passaré, por exemplo. Embora tenham esquecido, bem que poderiam incrementar o festival big head com a criação de mais algumas estruturas para a solução de antigos problemas como:
- o restabelecimento dos direitos subtraídos, para todos os trabalhadores do banco;
- acabar com as práticas de dano e assédio moral;
- por fim à extrapolação da jornada de trabalho;
- a reposição das perdas salariais;
- o cumprimento do princípio constitucional da isonomia de tratamento;
- o pagamento dos passivos trabalhistas para todos os funcionários de todos os estados;
- o cumprimento das sentenças judiciais favoráveis aos trabalhadores;
- a recuperação do plano de previdência - Benefício Definido - da Capef e a redução da insuportável contribuição dos assistidos pela caixa;
- competência para assegurar a saúde financeira da caixa de assistência medica - Camed - já que os associados não são os responsáveis pelos maus resultados;
- a reintegração dos demitidos durante o período de março de 1995 a fevereiro de 2003;
- o cumprimento dos acordos feitos em mesa de negociação;
- enfim, para a revogação de todos os males causados por um passado bem recente e veementemente combatido.

Provavelmente, haja vista os objetivos, tais iniciativas esbarrariam mais uma vez na necessidade da autorização superior. Todavia, acredito que as mesmas se justificariam, sendo bem recebidas pelos funcionários e pela sociedade, pois representariam a revogação de atos danosos aos trabalhadores, principalmente os praticados durante o período de exceção do condenado pela justiça Byron Queiroz, lamentavelmente mantidos até hoje.

É necessário que a superior administração do banco lance mão da habilidade e eficiência que tem em fortalecer a cabeça da instituição para também fortalecer o seu corpo. Poderia, assim, usar sua influência para aumentar a capilaridade do banco, com a expansão da rede de agências, e buscar o aumento do capital social, de acordo com as necessidades da região Nordeste e as exigências do acordo de Basiléia II, para melhor cumprir sua missão e estender o atendimento à sociedade, principalmente aos mini e pequenos produtores.

Lembrando a música: a resposta para a pergunta, neste contexto, foi e é fácil de ser dada, pois está em perfeita consonância com o que se ouve dos colegas quando das visitas às diversas unidades do banco, assim como ao dar um passeio pelas dependências da Direção Geral.
Ficaria muito feliz se pudesse fazer coro com a música para responder da mesma forma. Mas, infelizmente, sou obrigado a entoar o coro da preocupação em solidariedade aos colegas das agências: “Eu vi sim”! Todos estão vendo!

Dorisval de Lima é diretor de Comunicação e Cultura da AFBNB
Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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