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| 05/01/2010 |
Plural - Edição dezembro/2009 |
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Desenvolvimento regional em debate e considerações sobre superação das desigualdades |
Entre os dias 13 e 16/10/2009 participei do Seminário Internacional Desenvolvimento Regional do Nordeste, promovido pelo Centro Celso Furtado, em Pernambuco, através do projeto de Formação Política da AFBNB 3ª edição, projeto de fundamental importância em nossa concepção desenvolvimentista.
O evento tratou, em especial, o Desenvolvimento do Nordeste de acordo com princípios de Celso Furtado, segundo os quais podemos ultimar que o desenvolvimento, antes de ser uma agenda técnica, é um conjunto de vontades políticas. Porém, não poderíamos deixar de concordar que o Brasil progrediu bastante desde as primeiras décadas do século 20, até se transformar, na última década desse século, numa potência industrial e num razoável produtor de ciência, a julgar pelos últimos números sobre nossa contribuição ao cúmulo de conhecimento científico da humanidade.
Nossa participação no estoque tecnológico não é tão satisfatória, mas ainda assim ostentamos um bom desempenho no conjunto dos países em desenvolvimento, precisando progredir nos próximos anos, dada a necessidade de mão de obra qualificada para os processos de industrializações que vêm atravessando o país, já que para o crescimento não é só necessária a industrialização, mas também qualificações do nosso ensino.
Acreditamos que o caminho para o desenvolvimento se dará pela revolução educacional, verificando a necessidade do desenvolvimento rural, colocamos em contraponto que nunca teremos o real desenvolvimento se não nos preocuparmos em trabalhar o desenvolvimento pelas bases agrícolas - rurais em nossas escolas; para isso, defendemos a inserção da disciplina em nossa educação, olhando pelo ângulo que os lideres que formamos hoje possam conhecer a matéria e a sua importância, principalmente como geradora de insumos para a tão sonhada industrialização.
Vimos discutindo há muito tempo a inserção de mais esta disciplina no ensino fundamental e médio que é a cadeira / matéria relativa ao crescimento pelas linhas de produção, dando amplo conhecimento das nossas necessidades, voltando também para o imperativo que se apresenta hoje que é a conservação ambiental debatida no cenário mundial, haja vista a devastação florestal causada por nossos antecessores que julgam ter agredido tanto, por não ter tido acesso aos conhecimentos, tendo eles somente os conhecimentos empíricos de suas atividades, que os limitam até certo ponto ao desenvolvimento financeiro e pessoal.
Não nos foram apresentadas no seminário e nem trazemos neste texto formas mágicas para o desenvolvimento, mas muito vem sendo feito para que possamos alcançar este objetivo, tantos são os programas sociais desenvolvidos nas ultimas décadas com esta finalidade, dentre estes alguns criticados, como o bolsa família e as linhas de créditos PRONAF.
Concordamos em parte com as críticas apresentadas às falhas que os mesmos vêm apresentando, no que tange o acompanhamento e administração dos mesmos, que em muitos estados vêm desvirtuando as suas reais finalidades, mas não poderíamos concordar com a visão paradoxal imposta sobre os programas sociais, dentre estes o bolsa família, quando é dito que este não estava trazendo o desenvolvimento. Para nós, ele por si só não trará, mas se acompanhado de outras ações desenvolvimentistas, este sim é uma grande ajuda para que possamos lograr êxito nesta empreitada, pois o mesmo divide renda e traz o desenvolvimento econômico sim!
Lindenberg Cunha Braga, agente de Desenvolvimento em Santa Inês (MA), participou do Projeto de Formação política da AFBNB – apoio a participação de eventos no Brasil. |
| Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00 |
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