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01/09/2009

Plural - Edição agosto/2009

AFBNB - 20 e poucos anos de muita história, por Dorisval de Lima

O ano era 1986. O cenário político no Brasil era de muita efervescência: luta pela consolidação do estado democrático de direito após o fim da ditadura militar; luta pelo restabelecimento de eleições diretas para Presidente da República; reorganização e surgimento de várias entidades e instituições democráticas e populares; articulações para o estabelecimento de uma nova Constituição... Era a sociedade brasileira em mobilização, fazendo história e aprofundando a democratização formal do país.

Foi exatamente neste contexto que foi constituída a Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste – AFBNB – em um momento importante da história do Brasil, e em particular, da região Nordeste que, por ser a maior credora de políticas sociais e por ter a maior carência da ação governamental no país, foi contemplada com o surgimento de um importante instrumento de fortalecimento das lutas democrática e institucional.  

Sob a marca da autonomia, da participação e da disposição de luta a AFBNB desde o seu surgimento procurou levar a efeito os propósitos para os quais fora concebida: realizar ações pelo desenvolvimento regional, pelo fortalecimento do Banco do Nordeste e defesa dos direitos dos trabalhadores, por meio de articulações político-institucionais e pela representação dos seus associados junto às sucessivas administrações do Banco do Nordeste do Brasil.

Foi essa feição que proporcionou a inserção da entidade nos diversos movimentos e disputas no país, bem como permitiu o desenvolvimento de várias ações como:
 - Participação ativa no processo de elaboração da Constituição de 1988, debatendo a questão do fortalecimento regional por meio da retomada de recursos estáveis para o Nordeste, geridos pelo BNB, o que culminou com a instituição do Fundo Constitucional do Nordeste – FNE -  assim como a continuidade do processo com a luta pela regulamentação do artigo  192 da Constituição  para assegurar os recursos; 
- Mobilização da sociedade, em especial a classe política, por meio de debates nos diversos Estados da região, colocando na pauta a questão sobre o desenvolvimento regional, quando desenvolveu o projeto “Debates do Nordeste”;
-  Inserção  nos diversos movimentos da categoria bancária como campanhas salariais, greve específicas e geral, e em diversos movimentos da classe trabalhadora como um todo e do movimento social;
-  Participação permanente na mesa específica de negociações com o objetivo de fazer valer os direitos dos funcionários do BNB, e em especial, dos seus associados, no cumprimento do papel de legítima representante destes;
- Resistência democrática e pelo fim do período de exceção – 1995 a 2002 - e restabelecimento da democracia no Banco do Nordeste;

O comportamento da Associação, representado pelo seu compromisso, onde levou historicamente a efeito todas as suas ações, com determinação e coerência, rendeu notoriedade e respeito no seio do movimento social, bem como no cenário institucional, o que a credenciou para o respeito e o reconhecimento por parte de todos os entes, principalmente pelas administrações do Banco que, com maturidade souberam compreender os distintos papéis e a realidade do contraditório.

Coerente com a sua história de vinte e três anos, a AFBNB continua honrando os seus princípios e propósitos, quando continua inserindo-se nos momentos da luta presente:
- inserção no processo de reconstrução da Sudene, por entender que se trata de um instrumento importante para planejar o Desenvolvimento Regional, de fortalecimento do próprio Banco do Nordeste e de toda a sua área de atuação;
- Participação efetiva nas discussões sobre o processo de reforma tributária, em curso no país, onde mais uma vez encaminhou mobilizações no sentido de fazer valer emendas que se contraponham a posturas que prejudiquem o BNB e a região Nordeste;
- Participação sistemática das discussões em torno dos direitos dos funcionários, suprimidos na gestão passada; restabelecimento da licença prêmio para todos os funcionários; pagamento dos passivos trabalhistas; plano de cargos e de funções condizentes com uma instituição de desenvolvimento; combate a práticas de danos e assédio moral; transparência nos processos internos e democratização da gestão do Banco.

Muitas lutas foram encampadas pela AFBNB ao longo desses vinte e três anos; Muitas lutas virão pela frente e exigirão a ação decisiva da entidade. Acredito que, com base na sua história, e em conformidade com os seus objetivos, a associação não fugirá a esse compromisso. Suas ações devem ter o mesmo tratamento de sempre: reconhecimento, respeito e compreensão quanto aos distintos papéis, dado o legítimo direito de representação dos seus associados.

* Dorisval de Lima é diretor de comunicação e cultura da AFBNB
Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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