Fale Conosco       Acesse seu E-mail
 
Versão para impressão Diminuir tamanho das letras Voltar Página inicial Aumentar tamanho das letras


18/04/2009

Plural - Edição abril/2009

Não matem o Rio São Francisco

Estou na serra da canastra
Estou vindo lá do sertão,
Vendo a nascente do meu grande rio,
São Francisco, que é minha paixão.
Aqui não é mais só beleza,
Há tristezas e também dissabores,
Sinal perverso contra a mãe  natureza
Mãos malvadas matam as flores.

Suas águas espumantes, cristalinas,
Descem altaneiras colinas,
Andorinhas e colibris bailam em festa
E fazem de mim seu poeta.
Descendo as margens do São Francisco,
Ipueiras, poções e matas choram.
Desmatamentos, assoreamentos
Homens ignoram.

Não matem o meu São Francisco,
Pois ele faz parte de mim.
Suas entranhas são fonte de vida,
De lambaris, curimatãs, surubins.
Ao arrebol, nos cafundós, canta a cauã.
Canoeiros não pescam mais matrinchãs,
Só pescam saudades,
Lendas, caboclos d'agua,
Da Iara Mãe Iansã.
Rio São Francisco;
O que será de ti amanhã.

* Benedito Nunes é  Agente de Desenvolvimento, lotado em  Januária-MG

Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
Versão para impressão Diminuir tamanho das letras Voltar Página inicial Aumentar tamanho das letras
 

Colunas

Versão em PDF

Edições Anteriores

Clique aqui para visualizar todas as edições do Plural
 

Rua Nossa Senhora dos Remédios, 85
Benfica • Fortaleza/CE CEP • 60.020-120

www.igenio.com.br