Fale Conosco       Acesse seu E-mail
 
Versão para impressão Diminuir tamanho das letras Voltar Página inicial Aumentar tamanho das letras


19/12/2011

Nossa Voz - Retrospectiva 2011

Balanço do ano

Com 2011 chegando ao fim, o diretor da AFBNB,  Dorisval de Lima, faz uma análise do trabalho nesse primeiro ano da nova gestão da AFBNB, bem como lança   questionamentos sobre as muitas pendências que, por mais um ano, não foram resolvidas pela Direção do BNB. 

AFBNB - Neste ano a AFBNB comemorou 25 anos, o que já tornou 2011 um ano especial. Fora isso, de um modo geral, 2011 foi um ano que deixará saudades?


Dorisval de Lima - Sem dúvida alguma! Além do marco de 25 anos da AFBNB, foi um ano de efetivação das lutas no BNB, na categoria, no Brasil e no mundo. Os trabalhadores deram grandes demonstrações de que é preciso lutar para obter conquistas, para proporcionar mudanças e, acima de tudo, para expor e denunciar o maior mal, que é o sistema capitalista; assim expôs o maior responsável, e os seus patrocinadores/representantes, pelas contradições no mundo e pelo estado de miséria a que o povo é submetido, em privilégio de uma pequena parcela que se beneficia e por isso não tem interesse em mudar o “status quo”.

AFBNB - Ao encerrar o primeiro ano de mandato dessa gestão, como você avalia essa transição?


Dorisval de Lima -
Avalio como exitosa sob vários aspectos: por reafirmar e consolidar uma filosofia de atuação que já vinha em curso; por intensificar as bandeiras históricas de luta da Associação, agregadas a novos desafios em sintonia com os anseios dos representados. Assim, considero que a atual gestão tem se pautado pela luta, pela coerência, pelo enfrentamento adequado, sem vacilos e capitulações, diante do contraditório, como realidade peculiar da relação capital e trabalho, bem como das questões de caráter institucionais, sendo este também um dos focos de movimentação da AFBNB. A gestão atual tem sido fiel aos 25 anos de história da Associação, aos direcionamentos apontados pelos associados e pelas reuniões do Conselho de Representantes.

AFBNB - Algumas questões não saíram do lugar, como a revisão do PCR, a Isonomia, o PL dos Demitidos e as questões referentes à Capef. Isso é motivo de desesperança?

Dorisval de Lima -
A não solução de “velhos e novos” problemas não se deu pela omissão dos trabalhadores, muito menos da AFBNB; mas sim pela falta de vontade dos que têm a propriedade e a condição de fazê-lo. Muitas lutas foram encaminhadas; denúncias e cobranças foram feitas; documentos foram produzidos; reuniões realizadas; mitos foram quebrados como, por exemplo, o de que o DEST é o entrave para a solução de questões que agora sabemos ser de competência interna.  Apesar dessa realidade, o caminho deve continuar sendo o da luta; devemos continuar cobrando dos responsáveis por esse estado – Banco e Governo Federal. Logo, não há motivo para desistir! Muito pelo contrário: devemos intensificar as mobilizações!

AFBNB - Fazendo um balanço geral de 2011, que ações/lições você destacaria como positivas e negativas, na ótica da Associação?


Dorisval de Lima -
Sinto-me à vontade para falar em nome da AFBNB. O conjunto das ações e das iniciativas já afirmadas é digno de destaque. Enalteço a disposição de luta dos trabalhadores do BNB, manifestada pela coerente greve, que durou um mês. Foi uma demonstração de dignidade, mas acima de tudo de insatisfação e de exigência por mudanças no Banco, seja nas relações de trabalho, de direitos, seja sob aspectos éticos, de estrutura, da gestão dos negócios e dos processos operacionais.

Como objeto de repúdio, vamos a alguns: o pouco interesse do Banco em resolver os problemas de RH e estruturais(é necessária uma guinada radical para provar o contrário); o recrudescimento das práticas de assédio moral e do trabalho gratuito; a dominação da política “neocoronelista” nos processos de nomeações em detrimento dos aspectos técnicos e de perfil específico; o descaso ao considerar como prejuízo investimentos em RH como foi no episódio do mísero índice da reposição salarial, conforme declarações dadas à imprensa, sem reconhecer como prejuízo medidas que concentram a dotação interna de recursos em funções do “staff” e a criação de superestruturas para acomodar os “amigos do rei”; o não cumprimento do princípio constitucional da Isonomia de tratamento; a intensificação da interposição fraudulenta da mão de obra por meio das terceirizações abusivas; e a realidade de que “assim se passou mais um ano”.

Como mensagem, enfatizo que a luta sempre vale a pena e que nunca devemos desistir dos objetivos!Parabéns pela dignidade demonstrada no ano de 2011 e votos de que no ano que vem, e assim por diante, continuemos mobilizados. Na luta de classes os resultados não vêm de imediato, mas certamente a cada momento o novo está sendo construído. Isto passa pelo fortalecimento das entidades de representação, pela democratização das mesmas e pela participação nestas e nas lutas. Por fim, faço um convite especial: vamos fortalecer cada vez mais a nossa Associação, sendo um passo inicial para isto a adesão de quem ainda não é associado. Um grande abraço!
Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
Versão para impressão Diminuir tamanho das letras Voltar Página inicial Aumentar tamanho das letras
 

Colunas

Versão em PDF

Edições Anteriores

Clique aqui para visualizar todas as edições do Nossa Voz
 

Rua Nossa Senhora dos Remédios, 85
Benfica • Fortaleza/CE CEP • 60.020-120

www.igenio.com.br