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21/11/2011

Nossa Voz - Greve no BNB 2011

Balanço da Greve

Passada a greve de 2011, a presidenta da AFBNB, Rita Josina, faz um apurado das ações, dá sua impressão sobre o movimento e explica a relação que deve haver entre o grupo dos trabalhadores e o papel do BNB como vetor de desenvolvimento.

AFBNB - Como você avalia o movimento da greve agora como presidenta da AFBNB? O que mudou em relação à época em que não fazia parte da diretoria?

Rita Josina - Vejo como uma ampliação de conhecimento dos modos como a greve acontece. Desde a preparação, passando pela organização, a mobilização e também a integração de ações e a informação. Quando ainda não era da direção, apesar de estar sempre próxima, a minha atuação era mais restrita, no ambiente, no grupo e sempre fazia uma ponte, repassando informações. Agora, na diretoria, estamos vendo a necessidade de saber qual é possibilidade de avançarmos mais e passar esta energia, este sentimento para a base e nisso há um peso e uma responsabilidade. Vi que a pressão é maior, porque tanto a base cobra e incentiva por um lado, e por outro sentíamos uma pressão por parte do Banco sinalizando de que não podíamos ir mais além. Nós conseguimos superar limites.

AFBNB - Qual o principal aprendizado que se tirou dessa greve, que se destacou como uma das mais longas da história?

Rita Josina - Primeiro, a nossa organização foi muito positiva, porque possibilitou um enfrentamento mais direto. Aproveitamos bem o momento, tudo aquilo que tínhamos de positivo para participar, questionar. Segundo, o movimento, especificamente no BNB, favoreceu o reconhecimento das pessoas enquanto trabalhadores e da importância de se mobilizar. Essa conquista trouxe um resultado que lembra a idéia “do povo unido jamais será vencido”, é algo básico que pudemos sentir no Banco. Ouvimos vários depoimentos de pessoas que nunca estiveram numa greve, mas colocavam para nós que, uma vez  dentro do movimento, o resultado é visto de uma maneira diferente, o pouco que se consegue já é um resultado vitorioso.

Fica sempre aquele sentimento de que em cada greve nós vamos conquistando mais, tanto organização como mais mobilização, determinação e consequentemente mais resultados. Mesmo que afirmem que “o cenário esse ano não permite...”, que “está complicado...”, temos conhecimento do nosso histórico, do que precisamos e onde queremos chegar. Agora, precisamos de todos, principalmente porque as entidades por si só não fazem a luta e como as bandeiras que defendemos passam por  mudanças estruturais nas relações de trabalho, temos que ter ações contínuas, crescentes e dinâmicas. Isso é determinante para ultrapassarmos limites.

AFBNB - Como você avalia a participação da AFBNB a partir do que foi sentido na greve? Como ela contribuiu para que o BNB cumpra melhor o seu papel?

Rita Josina - Acho que existem necessidades bem claras. Precisamos construir um movimento ampliado com as outras instituições, porque essa construção das necessidades é comum ao sistema. Precisamos nos juntar a outros movimentos de trabalhadores, principalmente no BNB em relação a outros bancos. Vemos isso com mais facilidade nas agências, onde existe a concepção de que essa greve entre os bancos deva ser de um grupo mais unido e mais coeso.
Aqui, em Fortaleza, sinto que ficamos isolados. Precisamos de lideranças sindicais que consigam congregar essa greve com outros bancos.  Acho que falta vontade política de buscar articulação para atender o que os trabalhadores do BNB merecem. Do ponto de vista do BNB no contexto nacional precisamos ter as condições, enquanto agente público, de atuar com mais eficiência na gestão dos recursos. Precisamos resgatar o potencial do Banco do Nordeste, ele precisa e deve fazer mais.

Acho que é uma relação intrínseca: Banco fortalecido, trabalhador valorizado e vice-versa. Nós podemos conseguir um resultado com a greve: o reconhecimento que o Banco deve ter pelos trabalhadores, com o movimento.  É importante o reconhecimento do trabalhador que é concursado, do papel que ele pode exercer na instituição. Assim ganha a sociedade, o Nordeste e o Brasil; é uma tarefa de casa buscar esse exercício diário,   transportando-o para a atuação do Banco. Valeu a luta!
Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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