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16/08/2011

Nossa Voz - A campanha salarial de 2011 deve ser diferente!

Ações correspondentes

O Nossa Voz conversa com José Alci de Jesus, diretor de Ações Institucionais da AFBNB. Ele fala do trabalho que vem sendo feito pela Associação e da relação direta entre as lutas institucionais e trabalhistas.

AFBNB - Durante a reunião com o presidente do BNB, a AFBNB reafimou pontos que considera prioritários para o fortalecimento do Banco, como aumento do capital social. O Banco tem avançado nessas questões?

Alci -  Não se pode dizer que não houve ações, mas não conseguiram garantir uma melhor condição ao Banco em termos de capital social. Chegou-se. inclusive, a expressar com veemência a importância do aumento do capital social junto ao Lula e, em princípio, isso seria consenso. Inclusive, houve uma articulação com a participação da AFBNB, ainda na última legislatura do Congresso, para elevação em R$ 1 bilhão do capital social do Banco, mas houve o contingenciamento e a emenda se resumiu a migalhas, vamos dizer assim.
 
A AFBNB compreende que a ação institucional tem que ser ampliada e não tem arredado pé disso. Com o governo da Dilma, que está ressaltando encaminhamentos para o Banco, os quais na verdade estão dentro de nossa missão, é hora de se fazer corresponder a importância do Banco, com aporte de novos recursos, tanto para o capital social quanto para corrigir as graves distorções em relação ao funcionalismo.

AFBNB - A ação institucional não se desvencilha das questões no âmbito trabalhista, mas isso ainda não parece muito claro para algumas pessoas. Como se dá essa relação na AFBNB?

Alci -  Algumas vezes parece que essa dicotomia é da gênese da entidade. As pessoas querem dissociar a ação institucional das ações voltadas para as relações de trabalho. Mas, é preciso ficar claro que esse vão não existe, as ações são correspondentes, complementares e têm que ter um referencial estratégico. É por isso que a AFBNB tem buscado mostrar que quando ela luta em Brasília para que Projetos de Lei não interfiram na taxa de Administração do FNE ela está lutando pelas relações de trabalho; quando luta pela manutenção das prerrogativas constitucionais do Banco quando da Reforma Tributária está lutando pelas relações de trabalho; quando luta pelo fim do fator previdenciário está lutando pelas relações de trabalho; quando luta pelo fim do voto de minerva nos colegiados das entidades coligadas, está lutando pelas relações de trabalho. Por exemplo: já pensou quanto seria o impacto da redução em 50% da taxa de administração do FNE para o Banco, como estava proposto no PL de recriação da Sudene? Isso quer dizer que tanto a ação institucional quanto a luta direta pelas condições específicas no tocante ao salário, condições ambientais da rede da organização, processos de acesso e movimentação são fatores de fortalecimento institucional do Banco. Nessa mesma perspectiva, a greve, apesar dos transtornos que traz a todos, é um instrumento de fortalecimento institucional do Banco, e deve ser compreendida pela administração como o exercício democrático do interesse coletivo e também como um momento tático de uma estratégia maior que é a melhoria do posicionamento da instituição no âmbito federal. Nós defendemos que tenhamos a capacidade de manter a instituição em alto nível: cumprimento da missão constitucional, reconhecimento da sociedade, dignidade e satisfação dos funcionários. Para isso não podemos nos afastar nunca do exercício rígido da democracia e da ética, em todos os níveis.

AFBNB - Foi realizada recentemente a quarta edição da Semana de Mobilização da AFBNB. Qual a importância dessa ação e qual a sua avaliação da última edição?

Alci - A Semana chegou ao seu quarto ano, mas ainda não obteve os resultados esperados em termos da compreensão da importância de sua realização pelo funcionalismo e pelos representantes. A Semana foi criada com o objetivo de reproduzir a discussão institucional no seio do funcionalismo, por meio dos representantes, compreendendo que somos um banco com um contingente grande de novos funcionários e que há a necessidade de discutir desenvolvimento. Nossa expectativa é que esses altos e baixos da Semana possam ser fruto do processo de amadurecimento da ação dos nossos representantes e da incipiente participação do funcionalismo, e que ao longo do tempo poderemos ter ações muito mais robustas. Não podemos acreditar que a pouca participação se dê por processos de medo e de não se querer comprometer com possíveis crescimentos profissionais. Se nos submetermos a isso, melhor ir trabalhar num banco de mercado, não num banco que nasceu para promover o desenvolvimento.
Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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