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16/08/2011

Nossa Voz - A campanha salarial de 2011 deve ser diferente!

Por empregos decentes

“Queremos emprego decente”. Esse é o conceito da Campanha Salarial dos Bancários 2011, lançada oficialmente dos dias 29 a 31 de julho, durante a 13ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada em São Paulo (SP).

Por emprego decente a AFBNB entende antes de mais nada o respeito à dignidade do trabalhador, com condições dignas de trabalho, sem assédio moral e pressão pelo cumprimento de metas abusivas,  contratação de bancários e remuneração justa, por exemplo.

Em matéria publicada no site da Contraf, o presidente da Confederação, Carlos Cordeiro, denominou de “indecência” o fato de altos executivos ganharem até 400 vezes mais do que o salário do bancário, quando é este último quemproduz o lucro dos bancos.

Quanto às cláusulas econômicas, os bancários querem um reajuste de 12,8%, o que daria 5% de aumento real, além de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) equivalente a três salários mais R$ 4.500 fixos e piso da categoria igual ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.293,31).

Durante a Conferência também foi  aprovada a iniciativa de enviar uma carta à presidenta Dilma Rousseff, pedindo a ratificação da Convenção 158 da OIT, que dificulta a demissão injustificada.

Foi definido ainda total apoio ao Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 214/2011, do deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), que revoga as resoluções do Banco Central que ampliaram o escopo de atuação dos correspondentes bancários. Os bancários querem ainda que o governo convoque uma Conferência Nacional sobre o Sistema Financeiro.

A minuta deverá ser apresentada à Federação Nacional de Bancos (Fenaban) no dia 12 de agosto. antes disso, os sindicatos devem realizar assembléias para ratificar os pontos da minuta.

Expectativa

Como justificar que diante de um lucro de R$ 45 bilhões dos banqueiros a classe trabalhadora peça apenas 5% de ganho real?

A posição da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe assim como da CTB era reivindicar 10% de aumento real. No entanto prevaleceu na Conferência Nacional a posição defendida pelos companheiros da Contraf-Cut de um aumento real de apenas 5%. Avaliamos que não é tão bom, porque a expectativa da categoria era maior. Avaliamos que a campanha salarial nesse momento deve se voltar principalmente em torno da elevação do piso salarial da categoria.

Bahia e Sergipe defenderam 10% de lucro real. Foi aprovado 5%. Sabemos que é incomum o patrão dar o que se reivindica. Diante disso, qual a expectativa para essa campanha?

(Os 5%) são do ponto de vista econômico. Têm questões importantes como a isonomia entre os bancos públicos, discussão sobre saúde e condições de trabalho, que envolve metas e assédio moral entre outras, que vão ganhar relevância na campanha uma vez que o índice de reajuste nós achamos que ficou muito baixo. 

Emanuel Sousa de Jesus, presidente da Federação dos Bancários BA/SE
Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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