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13/07/2011

Nossa Voz - Nossa Voz julho de 2011

À vitória!

Setembro é o mês de renovação do acordo coletivo de muitas categorias organizadas pelo Brasil, entre as quais os bancários, estes com longa tradição de resistência. Como de costume, vamos enfrentar a habitual ganância dos banqueiros, setor mais lucrativo da economia. Lucros estes que chegam a ser vergonhosos num cenário de tanta miséria ainda vigente no país -  frequentador assíduo no topo da lista de maior concentração de renda no mundo, fato que deveria causar indignação, mas que é visto com naturalidade por muita gente.

Não bastasse isso, para aumentar a alegria e a fortuna dos bancos, especuladores e rentistas, o governo mantém taxas de juros exorbitantes, também das maiores do planeta, política essa que se revela um crime contra a nação, uma sangria aos cofres públicos, uma  extorsão de dimensão gigantesca aos trabalhadores e ao povo.

A imprensa venal brasileira, economistas neoliberais, prepostos dos banqueiros e gente do governo iniciaram um discurso, justamente neste período de importantes mobilizações de trabalhadores, de que o aumento real de salário seria o maior responsável pelo aumento da inflação, e que, consequentemente, deveria ser evitado.

Essa cantilena reacionária funciona como uma tentava de inibir o anseio dos trabalhadores por salários dignos, condizentes com as funções que desempenham. Na verdade, quando se trata de reajustar salários, os que concentram riqueza e renda, sempre têm um discurso pronto, seja em época de recessão, seja em momento de crescimento econômico. Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no ano de 2010, 93,8% de 660 pisos salariais tiveram reajustes acima da inflação, um recorde no país. 
Essa introdução é para levantar as dificuldades que teremos pela frente, uma sinalização clara dos patrões de que pretendem endurecer o jogo, o que não vem a ser novidade. No caso do BNB, temos uma situação nova com a posse do novo presidente, Jurandir Santiago, de quem esperamos uma renovada fase, civilizada e fraterna, nas relações com as entidades do funcionalismo. A AFBNB tem a expectativa de que uma convivência sadia entre as partes possa ser umas das formas de superar entraves que se acumulam na enorme lista de pendências do funcionalismo.

Diante de tal cenário devemos nos preparar para os embates naturais entre empregados e patrões. No caso dos funcionários do BNB, todos devem participar ativamente dos encontros, congressos, assembléias e reuniões que dizem respeito à campanha salarial e os representantes da AFBNB e delegados sindicais devem ser um dos mais importantes canais na mobilização.

Devemos levar em conta que a campanha é unificada nacionalmente entre bancos públicos e privados e nos prepararmos, como em campanhas anteriores, para prosseguir a luta com nossas próprias pernas, caso seja necessário. E ter em conta que a unidade do conjunto dos funcionários é determinante para as vitórias, mesmo que parciais. Para tanto, não podemos aceitar que nenhum tipo de estrutura, de qualquer central sindical, queira se apropriar da condução do movimento, que em sua representação deve ser amplo, plural e democrático.
Todos na luta. Vamos à vitória!

*Geraldo Galindo é diretor da AFBNB e do SEEB/BA
Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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