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13/07/2011

Nossa Voz - Nossa Voz julho de 2011

Entrevista: Rita Josina

Na Entrevista desse mês, a presidenta Rita Josina fala dos seus primeiros seis meses
à frente da Associação, pontuando as ações institucionais e políticas que estão sendo
desenvolvidas para cumprir a missão da AFBNB de valorizar os trabalhadores do Banco, o próprio BNB e a região Nordeste e também abordando as principais dificuldades 
enfrentadas até o momento.  Rita ainda tece considerações sobre a importância da mobilização na Campanha Salarial desse ano.

AFBNB - De antemão, cabe perguntar o que representa para você, como mulher, estar à
frente de uma entidade como a AFBNB?

Rita Josina -  Além de um desafio, é uma oportunidade de contribuir mais ativamente para o cumprimento da missão da entidade de defesa intransigente dos trabalhadores do BNB. Como mulher, acho importante para poder assim incentivar uma maior participação feminina nessa luta por melhorias, percebendo, para isso, a realidade, a diversidade e as várias formas de organização, negociação e encaminhamento das questões diárias da Associação. Tenho procurado compartilhar o cuidado com a Associação – e todas as suas instâncias: diretoria, assessoria, representantes e associados – com a diretoria, para que, a partir de uma visão sistêmica, nossa atuação seja um efetivo exercício de representação da nossa base.

AFBNB - Como foi esse primeiro semestre à frente da Associação e o que esperar dessa
gestão doravante?

Rita Josina - Foram muitos aprendizados – eu diria até emoções -, principalmente porque venho de uma carreira técnica e a Associação tem demandado decisões das mais diversificadas, desde a sua logística de funcionamento aos desafios que se apresentam
diariamente. Mas, a composição, a integração e a disposição da diretoria nos dão muita coragem e motivação para continuar trabalhando em prol da missão da entidade.

Quando acreditamos que é possível trabalhar com ética, autonomia e independência, o planejamento das ações, assim como a sua execução, tornam-se mais viáveis. E é exatamente nesse contexto que pretendemos seguir adiante 

AFBNB - Quais as maiores dificuldades enfrentadas até o momento que têm sido empecilho para as ações políticas e instituições da entidade?

Rita Josina - Eu diria que é, principalmente, a passividade e a cultura do medo que ainda é muito presente no Banco e culmina por inviabilizar a ampliação da participação dos trabalhadores. Muitos funcionários que gostariam de participar desse processo de lutas, não somente do ponto de vista das relações de trabalho, mas também das questões institucionais e em relação à avaliação da atuação do Banco enquanto instituição de desenvolvimento regional, se esquivam dessa participação por medo de retaliação e represálias da parte do Banco. Dessa forma, ainda encontramos muito fortemente esses empecilhos em nosso trabalho. Entendemos que, ao vencermos essa cultura, será mais fácil avançar.

AFBNB - Para essa gestão encabeçada por você, quais serão as principais bandeiras de
luta e o que está sendo feito para torná-las realidade?
Rita Josina -  Essa gestão dá continuidade a um projeto de mobilização político-social pelo desenvolvimento regional iniciado na gestão anterior, o que envolve a interlocução com parlamentares das três esferas (federal, estadual e municipal), o resgate da discussão sobre o desenvolvimento regional, o fortalecimento do BNB e a valorização dos seus trabalhadores. Então, as agendas estão sendo cumpridas a contento e, além disso, temos participado de reuniões nas unidades, reafirmando nossas ações de defesa dos trabalhadores, contra o assédio moral e práticas antissindicais no Banco, discutindo sobre a importância de nossa organização e compromisso.

AFBNB - A Campanha Salarial está se aproximando. Qual é a importância da união e da
mobilização dos trabalhadores do Banco para que essa campanha seja vitoriosa?

Rita Josina -  Primeiramente, é necessária a consciência da necessidade de mobilização de todos os trabalhadores porque a regra do sistema é muito clara e muito determinante na nossa categoria, se considerarmos as intransigências do sistema financeiro. Em segundo lugar, nossa campanha é muito desafiadora porque exige discussão sobre os vários pontos pendentes, os quais há muito já deveriam compor uma política de desenvolvimento humano. Temos ainda um terceiro aspecto, mais preocupante ainda, que é a forma como vem se dando a organização dessa campanha. Entendemos que, para que o movimento seja legítimo, ele deve contemplar a participação de toda a base e de suas lideranças reconhecidas em cada área de atuação do Banco, reunindo, assim, condições concretas de pressão e enfrentamento para o alcance de nossas conquistas.
Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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