|
|
13/07/2011 |
Nossa Voz - Nossa Voz julho de 2011 |
Dica Cultural |
A Dica Cultural desse mês traz duas obras que abordam, entre outros aspectos, questões, idéias e apontamentos para a superação do modelo hegemônico de produção e acumulação do capital.
Manuscritos
Imagine ler os esboços daquela que seria, anos mais tarde, uma das obras mais comentadas e estudadas em todos os tempos? Pois bem, a editora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com a Boitempo Editorial, publica, pela primeira vez em português, os lendários Grundisse (1857/1858), de Karl Marx, os manuscritos econômico-políticos que, para muitos teóricos marxistas, seriam as idéias iniciais que resultariam na obra-prima do filósofo alemão: O Capital (1867).
Contudo, o fato dos Grundisse terem sido o ponto de partida para a crítica político-econômica de Marx não os fazem menos relevantes para a análise e a interpretação da complexa e abragente obra marxista. A bem da verdade, a leitura dos manuscritos permite, pelo fato de serem ponderações que o autor não tinha pretensão de publicar, o privilégio de ler um Marx mais à vontade e com muito mais liberdade analítica do que nas suas obras originalmente elaboradas para publicação. Vale demais a leitura!
Socialismo ou barbárie
Mais comumente conhecido no meio acadêmico-intelectual como a “bíblia” do marxismo
contemporâneo, um calhamaço com mais de mil páginas que descortina as causas e
consequências do sistema capitalista, Para Além do Capital, do filósofo húngaro István Mészaros, é uma releitura moderna e muito bem contextualizada d´O Capital. Fortemente influenciado por seu mestre, o também filósofo húngaro George Lukács, pelo pensamento crítico de Rosa Luxemburgo, e pelos escritos de Marx, Mészaros levou a cabo uma das mais embasadas e contundentes reflexões críticas acerca do capital em todas as suas formas de controle social, ramificações diversas e variáveis de funcionamento. Imperdível! |
Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00 |
|
|
|
|