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07/06/2011

Nossa Voz - Nossa Voz de cara nova

Diálogo ou monólogo?

O que mobilizou a criação da AFBNB, 25 anos atrás, foi a necessidade de fortalecer o Banco do Nordeste. Naqueles idos de 1986, quando a democracia voltava a se estruturar no Brasil e a sociedade – política e civil – se organizava em torno da elaboração de uma nova Constituição, alguns funcionários do Banco, fundadores da AFBNB, viram na Associação mais uma força que poderia atuar na defesa do Banco do Nordeste e de seus trabalhadores.

Naquele momento, o Banco precisava de todo apoio possível, uma vez que se encontrava sem fontes estáveis de recursos – o que ameaçava seus trabalhos e sua própria existência. O trabalho desempenhado pela AFBNB, em parceria com parlamentares, técnicos e assessores do Banco, resultou na inclusão do artigo que instituía os Fundos Constitucionais e a operacionalização, no caso do FNE, pelo Banco do Nordeste.

De lá para cá foram inúmeras as vezes em que a AFBNB usou sua experiência, capacidade de mobilização e conteúdo técnico (através sobretudo do Conselho Técnico e de consultores convidados, a exemplo do atual presidente do Banco, Roberto Smith, na época professor da Universidade Federal do Ceará) para afastar do BNB ameaças ao seu funcionamento e ao seu crescimento. Foi assim nas reformas do sistema financeiro nacional, na recriação da SUDENE, no projeto de emenda constitucional da Reforma Tributária, nos projetos de lei que tratavam da distribuição dos recursos do Pré-Sal....

Mas por que estamos relembrando tudo isso agora? Para dizer que a Associação está do lado do Banco, em sentido amplo. Não desta gestão ou daquela, ou de qualquer que seja, mas da instituição BNB e do que ela representa para a região.

Isso não quer dizer, entretanto, que deva comungar com a política adotada pela gestão do Banco ou que deva se calar frente às reclamações e dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores. Muito pelo contrário! Estar do lado do Banco é inclusive defender e lutar por melhores condições de trabalho e salários daqueles que fazem, com seu trabalho e dedicação, a instituição funcionar de fato e alcançar os resultados.

Direto ao assunto

Todo esse preâmbulo é tentando entender o motivo que leva a atual gestão do BNB a não solucionar as inúmeras pendências e demandas levadas pela AFBNB a seu conhecimento.  Do início do ano até hoje foram cartas e mais cartas solicitando reuniões para tratar de diferentes assuntos e a quase totalidade delas ficou  sem atendimento: denúncias às instâncias internas do Banco,  questionamentos quanto ao não encaminhamento de  demandas acertadas em reuniões, cobranças por agilidade no atendimento a reivindicações....

A Associação busca o diálogo: não raro se reúne com os superintendentes estaduais, recentemente esteve reunida com diretores do Banco do Nordeste, mas resultado que é bom, lá na ponta, nas agências, nada!

Para a presidenta da AFBNB, Rita Josina, não se pode negar que do ponto de vista das relações houve uma aproximação entre as direções do Banco e da Associação (exceto a presidência, que insiste em não receber a entidade), mas esse maior contato não necessariamente implicou no atendimento das demandas e reivindicações que são apresentadas insistentemente pela entidade.

Um contato que ilustra essa relação se dá durante as rodadas de negociação, que têm se tornado raras. A última aconteceu no dia 17 de fevereiro e de lá para cá, embora com muitas pendências, não se negociou mais. O próprio acordo foi assinado sem negociação prévia, às escuras,  sem conhecimento dos funcionários.

O silêncio não começou agora; já perdura tempo demais! Para a AFBNB, as cartas enviadas, os pedidos de reuniões, as notas veiculadas e as próprias reuniões são pontos essenciais para se buscar soluções para os tantos problemas existentes: assédio moral, perseguições, falta  de transparência, revista a funcionários, dentre outros.

Após mais de oito anos, essa gestão não pode mais culpar os “esqueletos do passado”, o desconhecimento dos problemas ou o que quer que seja para justificar a não solução para as reivindicações dos trabalhadores do BNB. Alguém pode afirmar que a licença-prêmio, pendência das maiores, foi solucionada. Mas não por completo: afinal, quem não tinha o direito à época continuou sem tê-lo.

Segundo Rita, algumas pendências que poderiam ser trabalhadas de maneira mais prática são encaminhadas para serem aglutinadas no conjunto das demais reivindicações, resultando atualmente “em um leque  enorme de demandas dos funcionários sem solução”.
Com essa ineficácia, os mais prejudicados são os funcionários do Banco. Para eles, o tempo para solucionar as muitas pendências não pára, urge!
Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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