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| 18/04/2011 |
Nossa Voz - 39ª RCR - AFBNB 25 anos de luta! |
Carta de Fortaleza - AFBNB 25 anos |
“A AFBNB, que em 2011 completa 25 anos, nasceu de sonhos e de esperança com o futuro do povo brasileiro e nordestino. E foi nesse contexto histórico do clarão da aurora, onde com a vitória do povo brasileiro venceu-se a tirania da ditadura militar. Naquele momento de criação, os trabalhadores do BNB se encontravam amparados num forte ideal de solidariedade humana dos humanistas de todos os tempos.
Na dialética do concreto da realidade, focava-se a região do Nordeste brasileiro, suas mazelas sociais e como combatê-las. Nascia desde já a marca de um ideal por um Nordeste melhor. Movidos pelos princípios e valores de lutar contra as desigualdades sociais e regionais, carregávamos a inquebrantável convicção de que o BNB desde sua criação era uma ferramenta essencial destes sonhos e desta luta, e, naturalmente, seus trabalhadores, o esteio principal de sua existência.
Durante esses 25 anos, a AFBNB enfrentou opressões, violência e incompreensões por defender estes princípios e valores, mas conservou-se autônoma, manteve sua dignidade, resistiu a afrontas que pudessem comprometer seus objetivos. Ungidos por estes mesmos sonhos e conscientes nesta fase difícil da história humana, compreendemos que para realizá-los teremos que ter instrumentos para isso. Um poderoso instrumento de organização nós já temos: A AFBNB.
Os primeiros passos para realizá-los são as perspectiva de uma política e de um programa concreto de luta. Assim, a expressão mais elevada de seguirmos na perseguição desse objetivo e homenagear nossa entidade é olhar para o futuro e lutar:
1 – Pelo aumento do capital social do BNB;
2 – Fortalecer o BNB política e socialmente e aumentar o número de agências;
3 – Lutar em todas as instâncias pelo desenvolvimento do Nordeste como projeto nacional;
4 – Lutar pela manutenção e fortalecimento de todas as instituições operadoras do
desenvolvimento regional: Dnocs, SUDENE, Codevasf etc.
5 – Lutar pelo incremento das fontes de recursos já existentes e por novas fontes de financiamento do desenvolvimento econômico da região.
6 – Lutar por uma política de desenvolvimento tecnológico e científico do Nordeste com interiorização de unidades de conhecimento.
7 – Apoiar todas as lutas política e social que tenham como objetivo a emancipação do povo brasileiro (MST, FSM)
8 – Lutar pela democratização do acesso a água, bem como pela melhoria da estrutura hídrica de abastecimento no Nordeste, com suas terras beneficiando a agricultura familiar e possíveis assentados da reforma agrária;
9 – Lutar pela criação de infraestrutura econômica no sentido de integrar a região;
10 – Criação de um sistema de análise de projetos de desenvolvimento, onde se pontuem mais as empresas que garantam integrar mais a região Nordeste;
11 – Manter permanente interlocução com parlamentares, especialmente com a Bancada Nordestina para o apoio a uma reforma tributária que privilegie os interesses da região;
12 – Criação de corporações estatais, sob controle democrático, com capacidade de medição desenvolvimento;
13 – Mobilização de novas fontes de financiamentos para incentivar a pesquisa tecnológica e sistema de inovação, aproveitando os recursos do Fundo Setorial, tendo como instrumento o Fundeci (Fundo do Desenvolvimento Científico e Tecnológico);
14 – Lutar pela implantação do direito constitucional da isonomia de tratamento entre os funcionários do Banco do Nordeste, bem como intensificar a luta contra o trabalho gratuito e toda forma de exploração do trabalhador;
15 – Democratização da Carta de Trabalho do BNB (CIN – Pessoal), de modo que se torne efetiva, com objetivos bem definidos e transparentes, o processo de movimentação de pessoal (comissionamento, promoções, transferências, convocação para participação de treinamentos, capacitação etc);
16 – Lutar urgentemente contra o assédio moral;
17 – Pela melhoria nas condições de higiene e segurança no trabalho, principalmente nas agências localizadas fora dos grandes centros;
18 – Lutar pelo aperfeiçoamento dos programas e políticas de proteção e de seguridade social no BNB (Capef, Camed, creches, transportes e segurança social);
19 – Lutar pela solução de todos os passivos trabalhistas, independentemente dos estágios em que estejam.
20 - Fortalecer a luta por um PCR que seja compatível com um Banco de Desenvolvimento, guiado pelo principio de cargos e carreira do estado.
21 – Combater intransigentemente a exploração do trabalho no BNB, exigindo a relação de horas-extras executadas – horas-extras efetivamente pagas.
22 – Combater a precarização do trabalho no BNB, exigindo a extinção do trabalho terceirizado de forma generalizada e seu controle democrático;
23 – Construir um sistema de avaliação de pessoal para fim de promoção blindada impedido de manipulações que o tornem instrumento de admoestação, repressão e de submissão dos trabalhadores do BNB, onde não prevaleça a subjetividade;
24 – Intensificar a luta pela reintegração dos demitidos do BNB no período de março de 1995 a fevereiro de 2003, sendo esse um resgate de uma injustiça perpetrada no período de exceção.
25 – Lutar contra emendas que ameacem o Nordeste e o BNB, na perspectiva de reformas tributária, política, e do SFN.
Estes 25 pontos devem nortear a prática de nossa vida que deve ser critério da verdade de nossos sonhos. São pontos que se apóiam na força renovadora de um ideal de emancipação humana que sempre viverá, séculos afora, atravessando esse sentimento humano pelas noites dos tempos e no alvorecer dos dias. A AFBNB, junto com todos nós, nos chama para a construção de uma sociedade justa e equânime.
Fortaleza, CE, 2 de Abril de 2011 |
| Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00 |
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