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22/12/2010 |
Nossa Voz - Adeus ano velho, feliz ano novo! |
Eleições na AFBNB: prevaleceram o espírito de luta e a autonomia |
Os associados da AFBNB compareceram às urnas no último 11 de novembro para eleger a Diretoria e o Conselho Fiscal da entidade para o próximo triênio. Foi um mo-mento importante de debate sobre os rumos da Associação. As divergências entre correntes atuantes no seio dos trabalha-dores são salutares, existentes desde as primeiras lutas dos operários ingleses na metade do século XIX. Estas contri-buem para a prevalência da democracia nas dispu-tas entre idéias diferentes nas categorias organizadas, desde que realizadas sem o uso de subterfúgios, muitas vezes utilizados para impedir que a vontade da maioria prevaleça.
Podemos dizer que o resultado das urnas surpre-endeu, pois não imaginávamos uma vitória tão expressiva. Na eleição anterior, a nossa chapa vencera por 62 votos; agora, a vantagem chegou a 1099 votos. Vencemos a disputa eleitoral de forma acachapante, perdendo em apenas um estado na base do BNB. É o caso de analisarmos os motivos que levaram à recondução da atual Diretoria e da vitória de nossa chapa para o Conselho Fiscal também.
O aspecto central: o reconhecimento pelo dinamis-mo e combatividade que marcaram os dois anos de gestão. A AFBNB se consolidou numa referência para o conjunto do funcionalismo, por meio de uma política de harmonia no encaminhamento das lutas com os sindicatos, sempre se mostrando indepen-dente em relação à direção do Banco e disposta a negociar e radicalizar quando necessá-rio. Essa política foi construída e apoiada pela maioria esmagadora dos membros do Conselho de Representantes.
Outras razões justificam o reconhecimento dos colegas ao nosso trabalho e à nossa chapa: a presença feminina na presidência, que terá a preparada Rita Josina como nova dirigente maior no próximo triênio; o destacado trabalho de Medeiros à frente da entidade e que agora presi-dirá o Conselho Fiscal; a pluralidade na composição da chapa - pluralidade que tem como marca o empenho na mobilização; o apoio de sindi-catos que apostam na luta; e uma chapa com dirigentes reconhecidamente capazes e eficientes, onde combinamos o binômio renovação-experiência.
O resultado da eleição da AFBNB deixa claro para o funcionalismo que a atual Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB) não reflete o desejo da maioria. A Comissão citada é “eleita” através de regras que têm como objetivo não permitir a alternância no comando. No Congresso dos Funcionários do BNB votam funcionários de outros bancos, há exagero nos chamados votos natos, não há critérios nem controle sobre realização de assembléias, o que transforma a Coor-denação da CNFBNB numa representatividade irreal, um mecanismo de perpetuar uma maioria artificial, distante da verdadeira correlação de forças e da vontade da base.
Portanto, a AFBNB, diante de tão exitoso resultado eleitoral, e ao lado de vários sindicatos e lideranças clas-sistas de luta, tem pela frente o compromisso de lutar pela eleição de uma revigorada CNFBNB, com regras demo-cráticas, que traga na sua condução segmentos compro-metidos com a independência e a autonomia, além de muita disposição para encaminhar as lutas, as mobilizações, as greves e os costumeiros confrontos das lutas de classe. Assim, a partir da sinalização da base, temos a convicção do reconhecimento do nosso trabalho bem como a ciência do aumento da nossa responsabilidade na condução das questões institucionais e de interesse dos trabalhadores.
*Geraldo Galindo é diretor da AFBNB e do Sindicato dos Bancários/Bahia |
Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00 |
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