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22/12/2010

Nossa Voz - Adeus ano velho, feliz ano novo!

Balanço de uma gestão - José Frota de Medeiros

Ele esteve à frente da AFBNB por três mandatos, conduzindo com diálogo e muita diplomacia uma equipe formada por diretores e funcionários, sempre tendo como ponto norteador o cumprimento da missão da entidade. Passados  seis anos, José Frota de Medeiros voltará para a área da qual nunca se desligou: os estudos sobre a região e os processos de desenvolvimento. A partir de janeiro, o futuro presidente eleito do Conselho Fiscal da AFBNB retorna para o Banco do Nordeste. Ele conversou com o Nossa Voz sobre a experiência de estar à frente de uma entidade de trabalhadores.

Com a atual gestão chegando ao fim, quais as principais conquistas que você considera que foram alcançadas nesses anos à frente da AFBNB?

José Frota de Medeiros - Primeiro e uma das mais relevantes foi em relação ao projeto da SUDENE em que nós “desmontamos a ratoeira” que haviam colocado contra o Banco do Nordeste, onde existiam substitu-tivos na Lei de Criação que sangrava o BNB em dois aspectos fundamentais: o financeiro – quando queriam fazer a diminuição de 50% da taxa de administração do FNE, o que seria uma bancarrota para o Banco – e o segundo seria o enfraquecimento político, que retiraria a cadeira do BNB do Conselho Deliberativo da Sudene.
E isso eram duas coisas que conjugadas ocasionariam realmente num enfraquecimento brutal do Banco do Nordeste. Então nós realizamos uma articulação com a bancada nordestina, bem como com um grupo do BNB que teve um trabalho muito eficiente no impedimento de que isso fosse aprovado. Mas nós devemos dar especial atenção ao compromisso do deputado Zezéu Ribeiro (PT/BA), que fez uma articulação muito sábia com todos os deputados federais a fim de que essas emendas fossem derrubadas.

Na sua avaliação, o que fica de positivo em relação a esta experiência que você obteve estando à frente de uma associação de luta como a AFBNB?

JFM - Primeiro a consciência da necessidade de sua existência; isso é fundamental. Segundo, têm momentos na história do homem que ele precisa estar à altura dos desafios que existem. Nós, os nordestinos, temos os mesmos desafios citados por Celso Furtado, pois estamos dentro de um país que tem muitas desigualdades sociais e regionais numa região com pobreza e miséria e a bandeira da AFBNB vai no sentido dessa luta contra essas patologias sociais que ainda existem. Esses aspectos e a experiência que tive de solidariedade a nível institucional nesse grupo que me acompanhou até agora foram fundamentais para que eu compreendesse que nós temos que dar continuidade a essa luta, pois os nossos companheiros são de uma dedicação, consciência, coragem política e de um envolvimento muito grande, o que faz com que a gente tenha energia positiva em relação ao futuro do país. Eu digo que valeu a pena, que ainda vale a pena e que a luta continua porque a História é dinâmica e a luta não pára. Ao contrário do que diziam certos ideólogos do neoliberalis-mo, a história não tem fim. 

O que esperar desse novo desafio agora no Conselho Fiscal? A sintonia política entre a Diretoria e o Conselho Fiscal beneficiará o seu trabalho à frente do Conselho?
JFM - Beneficia sim, pelo fato de haver uma compreensão e não uma aversão. Com isto não quero dizer que os conselheiros anteriores tiveram uma aversão à Diretoria; eles tiveram uma postura muito neutra e muito elogiável com relação à sua conduta, pois o trabalho deles foi técnico e eles não se envolveram e nem se deixaram contaminar.

Como será seu mandato?
JFM -
Eu estou tranquilo. Primeiro porque eu conheço a equipe. Se o Conselho Fiscal tem como objetivo fiscalizar as contas e, conhecendo a ética, a moral e o comportamento dos meus companheiros, eu não vou ter problemas. Pode ser que a gente tenha problemas mais técnicos no sentido de aperfeiçoamento dos processos de controle. Se hoje nós temos um plano de contas foi porque o atual Conselho Fiscal nos deu uma colaboração imensa para que nós tivéssemos um melhoramento dos nossos processos de controle do fluxo financeiro. Mas, como temos como fundamento de condução da entidade a ética, eu acredito que nós não vamos ter nenhum problema nesse aspecto. E não se pode negar que nós temos também certa afinidade política e ideológica nesse ponto de vista e, portanto, eu posso combinar uma coisa a outra.

Que mensagem você deixa para a sua sucessora e para toda a equipe que vai compor essa nova gestão?
JFM
- Não vou deixar mensagem porque eu não estou deixando a AFBNB (risos). Na verdade, será uma continuidade sem traumatismo, não vamos sofrer uma ruptura porque nós deixamos o projeto, com a contribuição de todos e ele ainda está latente, ou seja, tem um novo começo, meio e fim porque a marcha da História e a luta não param.
Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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