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| 01/11/2010 |
Nossa Voz - Edição Especial: O poder de diálogo da greve |
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Fala, representante: |
"Considero a greve 2010 como vitoriosa no sentido do índice alcançado de 7,5% e PLR SOCIAL como novidade e conquista suplementar. Um ponto negativo é que a adesão deste ano foi menor que a de 2009 (referência ao movimento local), haja vista o número de comissionados no BNB atualmente (quase 90%) e que têm receio de sofrer retaliações aderindo ao movimento.
A situação atual é de que os valores de comissões suplantam em muito a verba de vencimento do PCR. Sabe-se que o movimento grevista objetiva também melhorias nos PCRs e por razões de Lei não necessariamente refletem nas comissões. Então cria-se uma situação de que os Bancos podem descomissionar um funcionário e que se verá com a remuneração diminuída.
Quem pensa assim, analisa a questão do ponto de vista estritamente financeiro de que os aumentos praticados de 5% ou 10% em cima de uma verba bem menor de PCR não valerá a pena o risco de entrar em greve e vir a perder a comissão.
Outra bandeira de luta muito esquecida pelas greves é o respeito ao horário bancário de 6h diárias, porque os Bancos comissionam todo mundo e impõem carga horária mínima de 8h ou mais. Não basta apenas dizer isto na pauta, é preciso maior ênfase nas negociações neste ponto, porque esta é uma conquista histórica dos bancários e que todos os bancos insistem em negar.
Finalmente, na qualidade de estatal, instituição financeira da administração indireta, os bancos públicos devem seguir os Princípios da Administração Pública em seus comissionamentos, com transparência, democracia, lisura e oportunidade ampla e irrestrita a todos interessados, acabando-se de vez com artifícios de comissionar pessoas por indicações ou conveniência. As próximas campanhas deverão valorizar os aspectos citados neste breve resumo.
Reginaldo Medeiros - representante AFBNB em
Montes Claros (MG) |
| Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00 |
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