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01/11/2010

Nossa Voz - Edição Especial: O poder de diálogo da greve

A greve chega ao fim, mas o aprendizado fica

Para os bancários de todo o Brasil, 2010 vai ser lembrado como mais um ano em que a Campanha Salarial da categoria culminou em greve. Entende-se, então, que por mais um ano os trabalhadores de bancos em todo o Brasil foram desrespeitados pelo patronato, não tiveram suas reivindicações atendidas e lançaram uso de um legítimo e salutar direito que lhes cabe: a greve!

O movimento paredista no Banco do Nordeste começou no dia 29 de setembro, assim como nos demais bancos. Logo no primeiro dia, 3.864 agências foram fechadas em todo o País. No BNB, os funcionários cruzaram os braços ao trabalho e encamparam uma das mais fortes greves dos últimos anos.

No segundo dia do movimento, 30 de setembro, 110 agências e/ou ambientes já haviam paralisado suas atividades, parcial ou totalmente. Era o mais claro sinal do descontentamento que grassava entre os funcionários. A adesão em grande quantidade logo no início do movimento grevista apenas reforçava o que já sabíamos de cor e salteado: os funcionários do BNB não aguentam mais tanto descaso, tanta letargia e desinteresse com suas reivindicações, que já estão senis, de tão longa data.

Com o passar dos dias, a greve no BNB foi se fortalecendo e novas adesões surgiam em todos os estados de atuação do Banco. Na segunda semana, mais de 130 agências e/ou ambientes ataram as mãos para as atividades do Banco e desataram-nas para o movimento. Após dias de silêncio - que muito falava -, o Banco apresentou uma proposta, que foi aceita pela maioria das bases, seguindo  orientação da Comissão Nacional. A greve de 2010 no BNB teve seu fim. A última base a encerrar o movimento foi a do Ceará, no dia 19 de outubro.

A AFBNB, como de praxe, participou ativamente do movimento grevista, do primeiro ao último dia, participando das assembleias, produzindo notícias diárias sobre o movimento, divulgando o quadro geral de greve, estando presentes nos piquetes e manifestações etc. A entidade reafirma que a greve é uma forma legítima de reivindicação e pressão dos trabalhadores sobre os patrões.

Mas, diante de mais uma greve que finda, o que se pode tirar de lição? Para a AFBNB, queda claro que a união, a mobilização e a luta juntas resultam numa ação pujante, de grande força, que é capaz de gerar mudanças significativas e trazer conquistas para todos. O maior aprendizado que a greve vitoriosa de 2010, em termos de mobilização,  trouxe é que, quando depositamos nossas energias e esforços em algo em que acreditamos, somos capazes, sim, de transformar as realidades injustas que tanto combatemos.
Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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