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24/09/2010

Nossa Voz - ISONOMIA: um princípio norteador de nossas ações

Opinião - Rheberny Oliveira

Depoimento do funcionário Rheberny Oliveira Santos, Analista de Controle Interno do Banco do Nordeste e representante da AFBNB acerca da repercussão da proposta do Banco de restabelecimento da licença-prêmio e pagamento de parte do passivo para os trabalhadores que faziam jus em 1997. A proposta, por não contemplar os funcionários que ingressaram na instituição após aquele ano, gerou descontentamentos.

“Sinto-me bem à vontade para tratar do tema, pois desde que entrei no Banco sou associado à AFBNB e participei de praticamente todas as Reuniões do Conselho de Representantes e demais fóruns promovidos pela entidade.

Sinceramente, acho que estamos descarregando nosso descontentamento na direção errada. Vejamos: é bem notório que o Banco não se preparou adequadamente para recepcionar o quadro de funcionários novos nos últimos anos, principalmente no que tange a uma estrutura adequada de carreira que cativasse os talentos recém chegados. Nos deparamos com uma instituição carente de profissionais e com um "plano de carreira (SRD)" que, a priori, beneficiava àqueles que tiveram acesso rápido às funções.

Nossa expectativa em torno de um plano de carreira coerente era imanente e as entidades, principalmente a AFBNB, foi uma das que primou pela discussão detalhada com o Banco, que se furtou de um debate mais apurado. Sou prova disso, pois participei de todas as reuniões da época, inclusive do Congresso dos Funcionários do BNB, e a exigência das entidades era a mesma: queremos discutir o plano de carreira de modo que ele atenda aos anseios funcionais.
A resposta do Banco foi um plano pífio, insuficiente e desastroso frente ao que esperávamos. O discurso de que "foi o plano possível" em função das limitações legais foi até aceito por algumas entidades na época, mas a AFBNB, e isso está registrado em todos os encartes da entidade, foi frontalmente contra essa ideia.

E foi assim que o Banco tratou diversas outras demandas, sempre se furtando a discutir de modo amplo nossas demandas, e fazendo acordos locais, principalmente com a base do ceará, desmobilizando diversas manifestações, principalmente, na época da campanha salarial. Exemplo disso, foi o retorno da licença prêmio e o pagamento de passivos trabalhistas primeiramente para a base do Ceará; o plano de funções implantado de forma arbitrária e segregada etc...

Nunca percebi, em momento algum, o discurso e as ações da AFBNB voltadas prioritariamente para um grupo específico de funcionários, até porque a tônica da atual gestão é a isonomia. O que vejo, e isso sim deve ser combatido, é uma postura tendenciosa de certas bases sindicais e o impropério do Banco em não tratar e discutir as questões funcionais com a clareza que desejamos.

A maioria das diretivas de ações adotadas pela diretoria da AFBNB são baseadas nas deliberações definidas na reunião do conselho de representantes (RCR), a qual todos os associados tem acesso com direito e voz e voto caso sejam representantes eleitos em suas bases.

Convido vocês a fazerem um breve exercício: peguem o informativo da AFBNB "Nossa Voz" desse mês que traz na capa a foto da RCR ocorrida em Aracaju. Quantos funcionários "novos", ou melhor, jovens vocês conseguem ver? Suponhamos que essa dita falta de compromisso da associação com os funcionários novos seja verdade, mas será que ela não está sendo causada pela inação desses novos funcionários no que tange à participação e mobilização nos fóruns adequados? Será que desmobilizar/desassociar ou criar uma "associação dos funcionários novos" é a melhor solução para o problema? Quem são os verdadeiros vilões desse imbróglio? 

Entendo e também sinto o mesmo descontentamento que vocês com o rumo dado a algumas questões, mas no meu ponto de vista, o vilão dessa história é outro. Associar e desassociar é um direito legítimo de todos nós e qualquer um pode fazê-lo sem precisar dar explicações, porém precisamos ser coerentes e, no mínimo, ter conhecimento de causa e bom senso quando pretendemos que nossa opinião influencie outras pessoas.

Gostaria muito de ver essa mesma energia despendida na assertiva da insatisfação ser direcionada na perspectiva de conquistas. O primeiro passo já foi dado, pois o incomodo é explícito e ganhou eco, vide os repasses que este e-mail teve.

O que faremos? A campanha salarial está em pleno curso e eu continuarei a participar de todos os fóruns em que eu possa contribuir para reverter esse quadro. E vocês?
Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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