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13/08/2010

Nossa Voz - Desenvolvimento e ano eleitoral: debate imprescindível

A ação institucional, a mobilização e as relações de trabalho

Aproxima-se a reunião de representantes da AFBNB. Nesta 38ª edição, mais uma vez debateremos desenvolvimento. Em função disso, muitos poderão perguntar: por que em plena época de campanha salarial a AFBNB insiste em discutir o desenvolvimento? Outros poderão pensar: com a situação precária da assistência médica (CAMED e o aumento - para nós não definitivo) e a perspectiva frustrante em termos de previdência complementar (não recomposição da expectativa de benefício do plano BD; custeio altíssimo do plano CV); com o grande endividamento dos funcionários por conta dos baixos salários; e com tantas questões de extrapolação da jornada do trabalho, muitas vezes sem horas extras, e casos freqüentes de assédio moral, por que a AFBNB vem falar em desenvolvimento social e modernização conservadora? Não seria melhor discutir estratégias para a melhoria do PCR, por exemplo?

Com toda a certeza: tudo está interligado! A ação e a discussão institucional estão intrinsecamente vinculadas às relações de trabalho. Isto quer dizer que a entidade defender a manutenção da administração do FNE pelo Banco tem a ver com o meu salário? Sim! Quer dizer que a entidade articular para que fosse retirado do texto final da Lei Complementar que recriou a SUDENE os artigos que “mexiam” e reduziam a taxa de administração do FNE teve impacto no valor final que me é pago mensalmente? Sim! Que apresentar propostas e realizar ações voltadas para o fortalecimento do Banco, como a luta pelo aumento do capital social, tem o objetivo de salvaguardar o nosso orçamento familiar? Sim! As coisas estão muito interligadas.

A sociedade mobilizada que levou à criação do BNB, na década de 50, é a mesma que durante a constituinte de 1988 pressionou por recursos estáveis para incluir o Nordeste (hoje ampliado com o norte de MG e do ES). Esta sociedade é que espera ver a região com desigualdades ser inserida no projeto de desenvolvimento da nação e que confia no BNB como o instrumento catalisador deste desenvolvimento.
Essa mesma sociedade cada vez mais vai exigir que sejam cumpridas as prerrogativas constitucionais e as que levaram à criação do Banco, como: apoiar preferencialmente os empreendimentos produtivos dos mini e pequenos produtores e empresas; aplicar 50% dos recursos no semiárido; fomentar a inovação e as atividades "portadoras de futuro", criando novas oportunidades econômicas adaptadas à realidade nordestina etc. Nesta perspectiva, considerando as prerrogativas do Banco, cabe ou não a pergunta proposta pela 38ª RCR: desenvolvimento social ou a uma modernização conservadora?

O compromisso do BNB com a sociedade lhe é próprio, porque é próprio de um banco público, que tem funções de estado, porque são funções constitucionais. Não é permitido ao BNB perder ou se afastar destas características, sob pena de não só deixarmos a história de lado, mas irmos na contramão daquilo que nos fortalece.
E isso está relacionado com as questões de trabalho dentro do Banco e no fim com tudo que é relacionado a ela: PCR, porque os cargos têm que estar relacionados com as atividades inerentes a desempenharmos nosso papel desenvolvimentista; PFC ; estrutura organizacional e de proteção à saúde e à aposentadoria - como CAMED e CAPEF -, porque isto é que dá segurança e credibilidade para o corpo funcional atuar com motivação, além de ser espelho para as organizações econômicas em termos de empresa que promove e respeita o desenvolvimento.

Finalmente, é preciso destacar que em todas as RCRs a questão das relações de trabalho está sempre presente, tanto é assim que sempre o segundo painel do evento é destinado a discuti-las, e sempre são convidados representantes do Banco, como, no caso da 38ª RCR, foi feito em relação ao Presidente e à Diretoria Administrativa e de Gestão do Desenvolvimento.

Assim, neste ano, nesta campanha salarial temos a oportunidade de fazer uma grande mobilização, em prol do fortalecimento do Banco e na busca de resgatar melhorias condições de trabalho - enquanto Banco de desenvolvimento, nós merecemos.

* José Alci Lacerda é diretor de Ações Institucionais da AFBNB
Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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