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13/08/2010

Nossa Voz - Desenvolvimento e ano eleitoral: debate imprescindível

Campanha Salarial: é hora dos bancários se unirem!

Entre os dias 23 e 25 de julho deste ano, 628 delegados sindicais de todo o país reuniram-se, no Rio de Janeiro, para a 12ª Conferência Nacional dos Bancários. Durante esses três dias, os delegados debateram propostas e aprovaram a pauta de reivindicações para a Campanha Salarial deste ano.

Entre as propostas aprovadas, os bancários pedem aumento salarial de 11%, que corresponde a um aumento real de 5%, descontada a inflação do período; piso salarial de R$ 2.157, 88, que é o valor estipulado para o salário mínimo no País, segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese); além de uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) maior em relação à negociada no ano passado. A PLR pretendida pelos bancários é da ordem de três salários mais R$ 4 mil para cada funcionário.

Ainda na pauta de reivindicações, os delegados presentes à Conferência aprovaram proposta de elevação para o valor de um salário mínimo (R$ 510,00) das verbas de auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá, bem como previdência complementar e Plano de Cargos e Salários (PCS) para todos os bancários.

Além disso, temas como saúde do trabalhador e medidas para reforçar a segurança bancária também foram debatidas pelos bancários.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia (SEEB-BA), Euclides Fagundes, na apresentação da pauta de reivindicação “prevaleceu o mínimo possível dentro da realidade da lucratividade dos bancos”.

Na opinião de Euclides, os bancários poderiam ter ousado mais, tendo em vista as perdas salariais consecutivas dos últimos anos. Mesmo com a pauta já definida, “fazer esse debate (das perdas salariais) ainda é necessário para não perder de vista a corrosão salarial a que os bancários foram submetidos”, pontua. “Dada a lucratividade dos bancos, é fundamental ter um aumento real nessa campanha, além de se buscar solucionar questões importantes como a questão da saúde do trabalhador, do assédio moral, entre outras”, finaliza o presidente do sindicato baiano.

A Campanha Salarial é a grande hora dos bancários se unirem. Quanto mais organizado, coeso e forte for o movimento, maiores as possibilidades de conquistas reais para o trabalhador. Opinião ratificada pelo presidente do SEEB-BA: “é necessária a conscientização porque as conquistas dos trabalhadores só são conseguidas com muita luta”. Euclides lembrou que muitos dos direitos assegurados aos bancários nos dias de hoje, como o piso salarial, a jornada de 30 horas, plano de saúde, entre outros, foram fruto da luta da categoria. Faz-se necessária, portanto, uma negociação bem articulada, ancorada em princípios trabalhistas e pautada em reivindicações que tragam maior qualidade de vida e valorização à categoria bancária. E vamos à luta! 

MNOB trabalha com pauta alternativa

Paralelamente à 12ª Conferência Nacional dos Bancários, o Movimento Nacional de Oposição Bancária (MNOB) reunia-se, também no Rio de Janeiro, para traçar seu plano de reivindicações para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para o Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco do Nordeste do Brasil (BNB).

As principais reivindicações do MNOB são 23,45% de reposição para os bancos privados; 80,77% de reposição para o BB; 92,33% de reposição para a CEF; 96,38 de reposição para o BNB; PLR de 25% do lucro líquido distribuído linearmente; piso do Dieese (R$ 2.157,88); estabilidade no emprego, contra demissões imotivadas e pela contratação de mais bancários; fim do assédio moral e das metas abusivas; contra a terceirização; contra o acordo de dois anos; nenhum privilégio aos dirigentes sindicais, contra a remuneração adicional e as comissões/cargos especiais para dirigentes sindicais; além da estatização do sistema financeiro.

De acordo com o diretor da AFBNB, Francisco Ribeiro de Lima (Chicão), a pauta alternativa é “o mínimo que merecemos diante dos resultados e sacrifícios que os trabalhadores enfrentam no seu dia-a-dia para bater metas que cada vez mais são abusivas”. Ainda segundo Chicão, “o momento de pressionar os banqueiros é agora”.
Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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