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20/04/2010

Nossa Voz - Representantes debatem sobre os impactos do pré-sal no Nordeste

Direitos dos funcionários em pauta

A tarde do primeiro dia da 37ª RCR foi dedicado às questões funcionais e à discussão das demandas dos trabalhadores. Mais uma vez o Banco do Nordeste não enviou nenhum representante, para decepção dos participantes, apesar de o convite por parte da Associação ter sido feito com bastante antecedência – dia 24 de fevereiro.

A ausência trouxe prejuízos, mas não impediu a reflexão acerca de temas como plano de cargos e de funções, isonomia dentre outros. A mesa do painel “Questões corporativas, plano de cargos e plano de funções” foi composta pelo presidente da AFBNB, José Frota de Medeiros, pela diretora tesoureira da entidade, Rita Josina,  o diretor de Formação Política, Waldenir Britto, pelo presidente da AABNB, Miguel Nóbrega, e pela representante da agência de Janaúba (MG), Marilene Mont’Alto.

Medeiros inciou abordando alguns dos problemas que levaram à alteração da diretoria da Camed, em meados de março deste ano e da necessidade de transparência na gestão. Resgatou a luta da AFBNB para que o plano CV da Capef fosse aprovado e reafirmou que muito ainda precisa ser feito quanto à previdência dos funcionários do BNB, por exemplo, ligados ao Plano BD (benefício definido), ativos e aposentados. Hoje há uma estimativa de que existem mais de 1 mil funcionários aposentados pelo INSS que não saem do Banco porque terão grandes perdas financeiras.

Miguel apresentou as ações que a AABNB tem levado adiante quanto à Capef, inclusive uma que prevê aporte por parte do Banco e redução na contribuição dos aposentados. “O plano vigente está mutilado, extremamente defasado”, lamentou o presidente da AABNB.

O diretor Waldenir Britto focou sua explanação na importância da transparência e coerência nos processos internos do Banco, utilizando como exemplos os Planos de Cargos e Remuneração (PCR) e de Funções em Comissão (PFC).

Ele relembrou que o Plano de Cargos, para ser aprovado, precisa da aprovação das entidades e das bases, através de assembléias – diferente do Plano de Funções, que é um ato de gestão, o que não impede o Banco de discuti-lo com os funcionários.

Waldenir apresentou pontos defendidos pela AFBNB quanto ao PCR, como a elevação do piso salarial inicial ao valor do Dieese, com impacto na curva salarial; revisão do Plano a cada três anos; divulgação semestral do quantitativo de funcionários em cada cargo; definição e divulgação de critérios para promoções - tanto por merecimento como por tempo de serviço.

Quanto ao Plano de Funções, citou exemplos que mostram o quão irregular é o plano que vem sendo aplicado, como o fato de algumas funções só terem um único nível, outras não terem nível nenhum e diferenças significativas na remuneração de funções cujas atividades são equivalentes. “Parece até que o Plano é personalizado!”, desabafou o diretor.

O saldo do painel foram ainda mais dúvidas e a certeza de que o Banco precisa melhorar urgentemente sua comunicação com as entidades e com os funcionários. “Queremos discutir o PCR com o Banco. Esse modelo que está aí não serve para nós, trabalhadores de um banco de desenvolvimento”, afirma Waldenir.

Encerramento – A reunião foi encerrada com um agradecimento especial aos representantes que permaneceram até o final dos trabalhos. “Nós temos que ter a consciência de que uma reunião como essa exige um investimento alto, financeiro, político, de mobilização. É importante ter esse sentimento para repassá-lo aos nossos companheiros que ficaram nas agências”, conclamou Waldenir.

A representante Marilene Mont’Alto enfatizou a importância de se melhorar a participação das mulheres no encontro e socializou a todos um pouco da realidade em sua agência, agravada pelo fato de ter sido a única pessoa a fazer greve no ano passado. Para Medeiros, “o exemplo da Marilene pode ser um protótipo do que pode ser a luta do povo brasileiro”. O presidente da AFBNB ratificou o caminho que vem sendo trilhado pela Associação no cumprimento de sua missão e convidou todos à mobilização: “Todos podemos mobilizar forças para que possamos atingir, no futuro, um novo amanhecer para a nação e para o Nordeste”.
Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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