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26/02/2010 |
Nossa Voz - Isonomia, um princípio constitucional |
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Somos todos iguais |
George Orwell escreveu na década de 1940 uma fábula chamada “A Revolução dos Bichos”. Cansados de serem explorados pelo homem, dono da fazenda, os animais da Granja Solar se organizam e tomam em suas mãos, ou melhor, em suas patas, o seu destino e o da fazenda, norteados por uma série de princípios, dentre eles o de que “todos os animais são iguais”.
Feita a revolução, com o passar dos tempos, os “líderes” dos bichos começam a tratar seus pares de maneira desigual e o que deveria ser uma terra de igualdade dá espaço para um novo tipo de exploração; desta vez, do animal pelo animal. Para resumir a história, no final das contas, as regras também mudam e passa a vigorar a seguinte lei: “todos são iguais, mas uns são mais iguais que outros”.
Mas por que recorremos a George Orwell? Porque o tema do Nossa Voz deste mês é isonomia de tratamento, ou seja, situação na qual todos os trabalhadores de uma empresa são tratados de forma igual, o que ainda no Banco do Nordeste não se concretizou em vários aspectos, tanto considerando o viés externo – se compararmos com os demais bancos públicos, como o interno, na medida em que há diferenciação na forma de tratamento entre os funcionários do BNB.
O jornal traz o sentimento da base, através da opinião de representantes, quanto ao assunto; aborda a avaliação 360 graus nesta perspectiva – para uns, a avaliação é critério cujo peso é grande, para outros, tem peso pena. Além disso, detalha o projeto de lei nº 6259/05, que estende aos novos funcionários dos bancos públicos federais (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia) os mesmos direitos dos empregados antigos e entrevista o deputado autor do PL.
O tema é recorrente. Por diversas vezes a AFBNB se solidarizou com aqueles que sofrem na pele e na renda familiar as consequências dessa falta de isonomia. Também como os bichos da fazenda de George Orwell, precisamos fazer a revolução. Revolução de mentes, de consciência dos nossos direitos, de retorno ao sentimento de coletividade. Diferentes deles, no entanto, não podemos correr o risco de nos deixarmos escravizar novamente. Uma vez liberta a mente, não há limites para o que seremos capazes de fazer, sempre respeitando os limites éticos e a consciência coletiva. Porque, na realidade, somos todos iguais. |
Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00 |
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