“A boa prática institucional exige relacionamento”
A AFBNB acredita e aposta na construção de relações institucionais que contribuam para a construção de um Nordeste melhor, um BNB forte e um quadro de funcionários valorizado. Uma das medidas foi a criação de uma Diretoria específica para tratar das Ações Institucionais e, por conseguinte, do Projeto de Mobilização Político-Social para o Desenvolvimento Regional. Para falar sobre o tema principal desta edição do NOSSA VOZ, convidamos o diretor de Ações Institucionais da AFBNB, José Alci Lacerda.
NOSSA VOZ – Como você avalia a missão da AFBNB no acompanhamento das demandas institucionais e corporativas do conjunto dos associados?
José Alci – Entendo ser bom o trabalho que vem sendo feito tanto em nível do Congresso Nacional em Brasília como em relação às ações institucionais realizadas nos estados (Semana Por um Nordeste e BNB Melhores) ou em projetos específicos (Apoio à Participação em Eventos no País), que funcionam também como mobili-zadores e formadores dos representantes e funcionários. Na realidade, tudo está no bojo do Projeto de Mobilização Político-Social para o Desenvolvimento Regional, o qual foi lançado, oficialmente, em maio de 2007, e que tem como principais bandeiras o aumento do capital social do Banco; o aumento do número de agências e por consequência maior número de funcionários e melhor atendimento; o aporte de mais recursos e diversificação de funding para o desenvolvimento das atividades de fomento e crédito; e como arcabouço de todas estas ações a valorização dos funcionários, com qualificação, salários (PCR) e condições de trabalho. Essa avaliação positiva se dá em função das ações realizadas pela Associação em diversas frentes, como, por exemplo o apoio constante e firme ao Projeto de Lei dos Demitidos, construindo uma ambiência favorável no Congresso para aprovação do mesmo na Comissão de Finanças e Tributação – CFT, e o acompanhamento relativo à Reforma Tributária que possibilitou junto a outras forças que fosse mantido no texto do relatório as prerrogativas do Banco com relação ao FNE e aplicação de 50% no semiárido nordestino. Numa visão geral, podemos dizer que a AFBNB é, hoje, conhecida no Congresso e nos estados e essa ação não pode ser descontinuada, sob pena de se perder a capacidade de interlocução.
Nesse sentido, qual a importância de uma relação institucional sistemática junto à administração do Banco?
Na realidade, a boa prática institucional exige o relacionamento com aqueles que podem encaminhar ou decidir questões estratégicas ou com àqueles quem tem poder de representação por eleição ou por indicação. É uma necessidade, devendo ser visto sob o aspecto de princípio fundamental, do qual ninguém pode se afastar ou desconhecer ou, por quaisquer outras questões, obstar ou entender que não deva ser realizado. O exercício democrático e a política, no melhor sentido, nos impõem a construção e sistematização de relações institucionais pautadas nos pontos convergentes e na objetividade e sapiência do estabelecimento dos espaços de discussão quando há contraditórios. Quem está à frente de Instituições como o BNB e a AFBNB deve praticar, sempre, a política com “P” maiúsculo. Certamente, seria possível aglutinar forças com relação às bandeiras estabelecidas no Projeto de Mobilização Político-Social para o Desenvolvimento Regional, assim como em relação a outras demandas institucionais de fortalecimento do BNB.
As sucessivas composições da Diretoria da AFBNB sempre buscaram manter, ao longo das gestões do BNB, um constante diálogo com a Instituição - com exceção da Era Byron, quando isto não foi possível. Como você avalia a dinâmica do atual relacionamento com o Banco?
Na minha avaliação essa dinâmica deve ser reconstruída e, de fato consubstanciada, independentemente de posições divergentes, mas, respeitando-se os espaços e a ação política dos atores envolvidos, e, principalmente, quem faz de fato o BNB – os seus funcionários – e a grande missão institucional de apoiar o desenvolvimento do Nordeste. As discussões e o trabalho que a AFBNB tem promovido, na luta atual pela manutenção do FNE e pelo fortalecimento do Banco, merecem ser respeitadas. Esse respeito nós temos conseguido junto ao Congresso Nacional e no trabalho nos estados. Tem-se iniciado uma nova articulação no sentido de reconstruir o relacionamento com a alta administração do Banco, de forma sistemática. Seria fundamental que pudéssemos ter na próxima Reunião do Conselho de Representantes a participação do Presidente do BNB!
A Associação é dos funcionários e, é claro, composta por funcionários. Como os associados e o funcionalismo em geral podem contribuir para o fortalecimento da AFBNB, de forma que a entidade seja cada vez mais reconhecida pelo papel que desempenha no âmbito do Banco e na sociedade?
Sendo prático na resposta, como os funcionários do Banco que estão envolvidos com tantas coisas, às vezes, exigem: participando da entidade. Como? Eleja um representante de sua Unidade que de fato represente o coletivo. Exija que o mesmo reporte sua atuação nas reuniões do Conselho de Representantes. Exija que a Diretoria encaminhe as resoluções que são deliberadas nas reuniões do Conselho de Representantes. Participe na Semana por Um Nordeste e BNB Melhores. Acompanhe o trabalho da entidade, participando dos projetos específicos que são realizados. Leia o material que foi disponibilizado pela entidade. Por exemplo: você já leu a revista FNE 20 anos? Reflita quanto à importância de traduzir em ação o vínculo existente entre a ação institucional e a valorização dos funcionários. Contribua de forma crítica e sugestiva com os trabalhos da entidade. |