Fale Conosco       Acesse seu E-mail
 
Versão para impressão Diminuir tamanho das letras Voltar Página inicial Aumentar tamanho das letras


29/01/2010

Nossa Voz - BNB e AFBNB: décadas de lutas pelo Nordeste

Muito feito e muito por fazer

Aplicações de crédito recordes a cada ano. Se os números referentes a 2008, divulgados no ano passado, já foram amplamente comemorados, imaginemos agora, com as aplicações de 2009 totalizando R$ 20,8 bilhões, 50% superiores às de 2008... Sem dúvida, colocando na ponta do lápis, muito foi feito por esta gestão. E isso deve ser reconhecido.Por outro lado, muito ainda há por ser feito, sobretudo no que se refere à política de recursos humanos.

E por que a ênfase na política de RH? Simples: sem pessoas não há Banco! Transparência, sinceridade e abertura para o diálogo precisam estar presentes quando se lida com a diversidade e a complexidade que é o ser humano. Mesmo que algumas medidas agradem a uns e desagradem a outros – o que é inevitável – será a maneira como as decisões são tomadas e o processo como são implementadas que fará a diferença.

Pendência – Desde o início da gestão atual, o Banco se comprometeu em solucionar os passivos trabalhistas, que são ações impetradas pelos sindicatos de bancários contra o BNB. No entanto, os passivos se tornaram uma das maiores pendências do Banco do Nordeste com o funcionalismo.

A AFBNB, enquanto entidade integrante da comissão de negociação, vem cobrando constantemente a quitação dos passivos nas reuniões com o Banco. Na última campanha salarial, a Superintendência de Desenvolvimento Humano se comprometeu a iniciar negociações com todos os sindicatos que possuem ações. Até mesmo o compromisso de um calendário nesse sentido não foi cumprido.

Além dos passivos trabalhistas, existe uma série de outras pendências que são atos de gestão e o Banco poderia se esforçar em resolvê-las, em respeito e valorização aos seus trabalhadores. Entre as várias demandas estão a revisão do Plano de Cargos e Remuneração (PCR) – condizente com um banco de desenvolvimento – processo iniciado, mas ainda não concluído; isonomia de tratamento entre todos os trabalhadores do BNB; implantação global do Plano de Funções, Plano CV, dentre outras.

O Projeto de Lei 343/2007, que prevê a reintegração dos demitidos do BNB de fevereiro de 1995 a março de 2003 é outra luta que já se arrasta há anos. O PL já recebeu parecer favorável nas duas Comissões pelas quais tramitou e na audiência pública realizada em novembro do ano passado ficou claro que, havendo interesse por parte do Banco, o problema poderia ser solucionado.

E o Plano de Funções?

O Plano de Funções em Comissão se arrasta já há tempos, inclusive com a indicação do Banco de que este deveria ser implantado junto com o PCR. O mais perto de sua implementação ocorreu em junho de 2008, quando o Banco adequou algumas funções (através do Plano de Adequação de Funções), mas ainda de forma paliativa.

Em maio do ano passado, a AFBNB divulgou planilhas do Plano de Funções (documento elaborado e disponibilizado pelo Banco à CNFNB), que mais gerou dúvidas do que esclareceu. Nessa planilha, por exemplo, a função de caixa não existia. Todas as dúvidas foram sistematizadas e entregues à Superintendência de Desenvolvimento Humano, sem respostas até o momento.

A expectativa, entretanto, é de que o PFC seria implantado no ano passado. Chegou-se até mesmo a estipular a retroatividade de sua vigência a 1º de julho. Meses depois, o que existe de concreto é a implantação segmentada do Plano, medida totalmente reprovada pela Associação. “A Associação não concorda com essa forma de tratamento diferenciado que o Banco faz com funcionários e cobra, mais uma vez, uma política isonômica. Em relação à demora para a implantação do Plano, é preciso que haja mobilização forte, a exemplo da que está havendo na Caixa Econômica”, afirma o diretor de comunicação, Dorisval de Lima.

A AFBNB sempre cobrou que, no novo Plano de Funções, as questões apontadas pela base fossem contempladas, a exemplo da isonomia em todos os aspectos. Outros pontos levantados foram retroatividade, valorização das funções técnicas e sua compatibilidade com as funções do BNB como banco de desenvolvimento.

“Defendemos um calendário de lutas, para pressionar o Banco pela apresentação de um Plano de Funções condizente com um banco de desenvolvimento”, defende Dorisval.

Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
Versão para impressão Diminuir tamanho das letras Voltar Página inicial Aumentar tamanho das letras
 

Colunas

Versão em PDF

Edições Anteriores

Clique aqui para visualizar todas as edições do Nossa Voz
 

Rua Nossa Senhora dos Remédios, 85
Benfica • Fortaleza/CE CEP • 60.020-120

www.igenio.com.br