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28/12/2009

Nossa Voz - Mais um ano vai... Outro ano vem!

Entrevista:

O Nossa Voz de dezembro - o último do ano - conversou com o presidente da AFBNB, José Frota de Medeiros. Ele fez um balanço do ano e ratifica as bandeiras de luta da Associação para o próximo ano. Para ele, o ano foi positivo e as perspetivas para a região Nordeste nos próximos anos são boas.

Como você avalia o ano de 2009 para a Associação?
Avalio como de muito êxito. No âmbito institucional, com o reconhecimento explícito da Sudene e da Bancada Nordestina da nossa existência e do nosso esforço em prol do desenvolvimento do Nordeste (a AFBNB tem sido constantemente convidada pela direção da Sudene para participar das reuniões do Conselho Deliberativo, assim como têm participado de reuniões da Bancada Nordestina). Isso veio também com uma série de medidas que nós tomamos procurando materializar o instrumento de nossa luta por um Nordeste melhor. O lançamento da Revista Nossa Voz teve muita repercussão e ampliou as possibilidades de nossa comunicação e o conhecimento para outras camadas sociais e isso foi uma evolução de todo nosso trabalho. Mas o mais importante foi no campo institucional, avanço coroado no fim do ano com a audiência pública em que unanimemente todos os deputados federais que se pronunciaram sobre o PL 343/2007 diziam que se tratava de uma questão de justiça. Além disso, tivemos evolução grande na construção do novo livro da AFBNB – O BNB para um Nordeste Melhor – onde mostramos um diagnóstico e através dele apontamos o que precisa ser feito para que o BNB cumpra seus objetivos institucionais, por exemplo, o aumento de sua capilaridade. Vamos tentar fazer um aprofundamento de todas essas questões e acredito que no ano que vem teremos resultados promissores.

Este ano, a questão regional que estava fora da agenda de discussão nacional voltou a tona por dois aspectos: o projeto Nordeste (da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República) e a criação do Fundo Social, do Pré-sal. Mas, efetivamente, nada saiu do papel. Qual a sua expectativa para o ano que vem?
É promissora sobretudo por causa da mobilização e da consciência da sociedade política, mas como disse o deputado federal Pedro Eugênio (em entrevista concedida à AFBNB no final de novembro) a sociedade civil ainda é muito fraca na luta pelos interesses do Nordeste e ele tem razão. Nós, da AFBNB, tentamos alavancar outras entidades representativas da sociedade civil em torno do nosso projeto por um Nordeste melhor e infelizmente ainda não houve uma resposta muito positiva. Mas há uma convergência de fenômenos e acontecimentos sociais aqui e no mundo que impulsionam a ideia do desenvolvimento regional inserido em um projeto de desenvolvimento nacional, aprofundado com a crise, que mostrou que o mercado não determina o equilíbrio e a alocação eficiente dos recursos na economia. Eu atribuo além desses fatores citados na pergunta também a crise; ela mostrou que é preciso um planejamento que enfoque os problemas não de uma maneira linear, mas de uma maneira em que leve em consideração os diferenciais regionais. Então, depois que se viu esse derretimento dessa lógica econômica é que se está discutindo, retomando a idéia da intervenção estatal – que também não deve ser absoluta – porque temos que ter um estado democrático para que não atenda apenas aos interesses da classe econômica e das grandes corporações internacionais. Por isso é preciso de um estado democrático verdadeiramente que busque o bem estar de todo brasileiro.

Para 2010, quais serão as principais bandeiras encampadas pela AFBNB?
No campo institucional, a luta pelo aumento do capital do Banco, que vai continuar; o aumento do número de agências; o aumento de outras fontes de financiamento do desenvolvimento econômico para o BNB e a valorização da força de trabalho do Banco do Nordeste que para nós é o epicentro de todo fortalecimento do Banco. Para se destruir uma empresa, sobretudo uma instituição pública, você primeiro destrói seus recursos humanos, como aconteceu com o BNH e outros. Por isso, temos que fortalecer os recursos humanos. Queremos isonomia, um plano de cargos compatível com um banco de desenvolvimento, em que prevaleça os cargos e não a função, porque o Plano de Cargos é que caracteriza o Banco do Nordeste como um braço do Estado brasileiro para promover o desenvolvimento regional e como tal tem que ter uma carreira com as características de um cargo de Estado. É assim que deve ser tratado o trabalhador do BNB.

Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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