A AFBNB foi “acusada” por uma funcionária do Banco de postura “aparentemente antiética” por divulgar em seus informes o que ela considera inverdades, como o silêncio do Banco diante do clamor dos trabalhadores. A respeito disso, a AFBNB vem a público fazer as seguintes considerações:
- Não há postura antiética em ser coerente com a história da entidade no âmbito do encaminhamento das lutas, a exemplo do que a AFBNB vem fazendo no momento, ou seja, estimulando os trabalhadores do banco a se mobilizarem, a lutarem pelos seus direitos, assim como também expor alguns velhos problemas ainda pendentes do banco quanto à falta de cumprimento dos acordos/compromissos;
- Não há postura antiética em se solidarizar com quem continua na greve, bem como com os sindicatos que continuam firmes encaminhando o movimento;
- Não há postura antiética encaminhar o movimento por ser a entidade de representação nacional dos funcionários, sendo permitida assim a interlocução com todas as bases e sindicatos, principalmente os que mantêm a postura firme no movimento e sem vacilo;
- Não há postura antiética em expor os nossos velhos problemas para as instâncias governamentais, já que por anos e anos temos ouvido que os mesmos representam esbarro para atendimento das nossas reivindicações;
- Não há postura antiética em não silenciar diante dos ataques do banco à democracia dos sindicatos e de sua tentativa de intervenção nos sindicatos e assembléias da categoria;
- Não há postura antiética em combater o assedio moral e contrapor-se a contra informações
- Não há postura antiética em combater vacilo de direções sindicais quando estas preterem o movimento por suas conveniências políticas e silenciam diante dos abusos do patrão.
Para o bem da categoria, e talvez, para a insatisfação de alguns, a associação é obrigada a cumprir seu papel, seja no campo institucional ou no campo das relações de trabalho na cobrança dos direitos dos trabalhadores do banco, de forma independente, com autonomia e buscando a participação de todos e com todos, sem compromissos com governos, com a gestão do banco ou com quem quer que seja o indicado para a ocupação de cargos.
A Associação não tem culpa se às vezes ou quase sempre é obrigada a cumprir o seu dever de ofício, sendo para tanto, necessário suprir a lacuna deixada por quem de fato e de direito, tem ou pelo menos deveria ter a propriedade para tal.
A Associação não tem culpa se a greve no BNB foi forte e em nível nacional e aqui, por estratégia montada pela gestão do Banco, em detrimento ao atendimento das reivindicações, tenha acabado antes das demais bases. Como o mundo não é somente aqui no CE/Fortaleza, a AFBNB tem o dever - e o faz muito bem - de apoiar a luta dos que têm disposição de encaminhar e continuar buscando conquistas.
Por fim registramos que o papel da Associação tem sido o mesmo desde o seu nascedouro. Assim a entidade se comportou, procedeu nos outros governos e gestões do Banco quando os direitos eram negados ou não atendidos. Como a situação continua a mesma, nada mais coerente do que cumprir o seu papel histórico, já que a organização e a luta dos trabalhadores existem independente do modelo político, do governo de plantão ou das gestões das instituições... Isso está na essência da luta de classes. Neste caso não dá para servir a dois senhores. Aliás, nunca é possível; é preciso definir de qual lado se está. A AFBNB escolheu o seu lado desde que foi constituída, vinte e três anos atrás: o lado dos trabalhadores do Banco.
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