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31/07/2009

Nossa Voz - A Campanha Salarial 2009 deve ser diferente!

Que venha a campanha salarial 2009

Os bancários se preparam para mais um combate com os patrões, privados e públicos. A unidade da categoria é fator importante para a obtenção de conquistas, o que não impede a luta pelas questões específicas - ao contrário, as fortalece. A história do movimento operário no Brasil e no mundo indica que somente com pressão, com mobilização, se consegue arrancar conquistas daqueles que exploram a força de trabalho para aumentar seus lucros.

O ambiente político é marcado pela maior crise do capitalismo desde a grande depressão de 1929 nos Estados Unidos, com a desmoralização completa da cartilha neoliberal que pregava o mercado (a “mão invisível”) com polo dinamizador da economia e o estado como entrave. 
Esse quadro tem reflexo direto na luta dos trabalhadores. Em momentos de recessão e estagnação econômica as dificuldades se avolumam e em períodos de crescimento a situação se inverte. Já nas campanhas salariais dos bancários do ano passado, período de início da crise, e de demais categorias neste ano, o patronato veio com o discurso unificado: não se pode repor a inflação e dar aumento real por conta da crise.

Não devemos nos iludir com esse discurso, especialmente com o setor que mais auferiu lucros na economia brasileira nos últimos anos, período em que os banqueiros se locupletaram através da criminosa sangria de recursos públicos na forma de pagamento de juros da chamada dívida interna. 

Durante os oito anos do desgoverno de FHC convivemos com um período de repressão brutal ao movimento de luta dos trabalhadores, com seus protagonistas vistos e punidos bandidos. No governo atual, em que pese suas limitações, encontramos as condições mais favoráveis para as mobilizações e conquistas, o que refletiu em greves memoráveis  dos bancários, incluindo a presença dos bancários do BNB em todas elas.

A minuta específica do BNB já foi entregue (disponível no site da AFBNB, seção Negociação/acordo coletivo) e a Conferência Nacional dos Bancários realizada em São Paulo dos dia 17 a 19 de julho aprovou o índice de 10% de reajuste, sendo 5% de ganho real.  O processo de negociação, já iniciado, só rende conquistas caso a base esteja mobilizada nas agências e disposta cruzar os braços – o nosso instrumento mais valioso e poderoso de pressão.

Todos os delegados sindicais e representantes da AFBNB têm a tarefa no momento de manter sua unidade informada e mobilizada para o enfrentamento, assim como, todos os funcionários do banco devem participar das assembléias em seus estados. No momento da deflagração da paralisação, se for necessária (e quase inevitável), o ideal é que partamos juntos, envolvendo o conjunto dos estados.

A nossa unidade interna, e com os funcionários dos demais bancos, fará com que tenhamos as possibilidades de arrancar um reajuste digno e o atendimento a nossa vasta pauta de reivindicações, entre as quais a isonomia de tratamento,  a liquidação dos passivos trabalhistas, a revisão do plano de cargos e remuneração e a implantação do plano de funções, entre outras.

*Geraldo Galindoé diretor da Associação dos Funcionários do BNB e do Sindicato dos Bancários da Bahia.
Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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